São Paulo – Pesquisa da IBM indica que 90% dos executivos do setor não acreditam que margens voltem a ser como antes da crise.Uma pesquisa realizada pela IBM indica que 90% executivos do setor financeiro e representantes do governo de todo o mundo não acreditam que as margens financeiras dos negócios voltarão a ser como as obtidas antes da crise.Este novo cenário exigirá adaptação das empresas, obrigando-as a se especializarem na oferta de serviços que seus clientes valorizem, mais do que manter um portifólio amplo de ofertas. E a tecnologia desempenha papel fundamental neste processo, na opinião de Sunny Banerjea, executivo de soluções para a indústria bancária da IBM. “Tecnologia e processos vão permitir que eles liderem essa transformação”, avalia.Segundo o executivo, existem dois tipos de iniciativas que permitem às empresas reduzir custos, classificadas por Banerjea como “prioritárias” e “secundárias”. Ele explica que fazem parte da primeira categoria ações que, em linhas gerais, envolvem redução de capacidade tecnológica e racionalização de projetos. “Elas são pensadas no curto prazo e não posicionam as organizações no futuro”, afirma.Já as iniciativas secundárias são classificadas pelo executivo como estratégicas e de longo prazo. Um exemplo citado por Banerjea é a racionalização do portfólio de aplicações. “Podemos reduzir o número de aplicações e continuar a fazer bem o nosso trabalho? Não se trata de cortar custos por cortar, trata-se da otimização da TI”, acrescenta.A pesquisa da IBM aponta que o setor financeiro vive uma grande “onda” de transformação que englobará não só a redução de margens e aumento da competição, mas também mudanças no marco regulatório do segmento.E aí, mais uma vez, a tecnologia da informação pode desempenhar papel fundamental para garantir que os bancos sejam capazes de atender a essas novas demandas por transparência que vêm do mercado e de órgãos reguladores, opina Banerjea, ressaltando que a tecnologia permite transformar essas políticas em regras eletrônicas.”Se você pensa em gerenciamento de riscos, isso tem que ser feito em tempo real; computação em nuvem e virtualização permitirão maior centralização de dados. Os órgãos reguladores vão querer saber mais sobre o que está acontecendo nas instituições. Essas são as possibilidades que a tecnologia tornará reais”, avalia.O executivo defende que essas oportunidades para um uso mais intenso e inteligente da tecnologia não significam, necessariamente, mais investimento em TI. Ele afirma que ao identificar áreas onde é possível reduzir custos, otimizando o uso da tecnologia, as organizações podem aplicar as economias obtidas em novos recursos tecnológicos para seus negócios. “Ao obter um nível melhor de transparência sobre onde estou usando meu dinheiro, consigo prevenir que eu cometa erros pelos quais já passei”, observa.A análise contou com 2.754 participantes dos mercados de capitais, incluindo 1.076 investidores individuais e 1.678 executivos e autoridades do setor público, sendo 45 CEOs da América Latina. O relatório aponta que os entrevistados enxergam a importância de eliminar a complexidade e o excesso das atividades, a fim de migrar para um mercado mais transparente e sustentável.Site: ComputerworldData: 17/06/2009Hora: 11h00Seção: NegóciosAutor: Fabiana MonteLink: http://computerworld.uol.com.br/negocios/2009/06/17/ti-e-ferramenta-para-bancos-se-adaptarem-a-novo-cenario/