A startup brasileira Kovi foi adquirida pela Moove, uma fintech africana especializada em financiamento de frotas para aplicativos de transporte. O valor da transação não foi divulgado, mas a Moove confirmou que a compra foi realizada por meio de troca de ações, transformando a Kovi em uma subsidiária da empresa. Com a aquisição, a Moove eleva sua receita anual recorrente para US$ 275 milhões, mais que o dobro dos US$ 115 milhões registrados em março do ano passado.
A Kovi, fundada em 2018 por ex-executivos da 99, Adhemar Milani Neto e João Costa, surgiu para resolver a dificuldade enfrentada por motoristas de aplicativos em obter um veículo para trabalhar. Diferente das locadoras tradicionais, a Kovi ofereceu contratos flexíveis, taxas reduzidas e opções de pagamento conforme a quilometragem. A startup foi acelerada por renomadas incubadoras, como a Y Combinator, e conseguiu captar mais de US$ 100 milhões de investidores como Valor Capital e Monashees, expandindo suas operações até o México. Contudo, nos últimos anos, a Kovi encontrou desafios para crescer e captar novos recursos, sendo seu último aporte conhecido de US$ 104 milhões em 2021.
Com a transação, que aguarda aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), a Kovi continuará operando sob sua própria marca no Brasil e no México, mantendo sua equipe de gestão. A expectativa é que a Moove aproveite a tecnologia e os algoritmos da Kovi para aprimorar sua operação global, investindo também em veículos autônomos e inteligência artificial.
Fundada em 2020 na Nigéria, a Moove já possui uma frota de 36 mil veículos em 19 cidades e é a principal fornecedora de financiamento de carros para motoristas da Uber, tendo viabilizado mais de 50 milhões de viagens na plataforma. Ao comentar sobre a união, Adhemar Milani Neto expressou confiança no potencial da parceria, ressaltando a admiração pela trajetória de crescimento da Moove na África.
Texto: Redação TI Rio