Sem permissão, X usa dados para treinar IA

Sem qualquer aviso prévio, a rede social X começou a usar dados de usuários para o treinamento do Grok, a nova inteligência artificial (IA) da plataforma. A companhia alterou suas configurações de privacidade e adicionou uma opção de autorização para o compartilhamento de informações. Porém, todas as contas da rede social tiveram essa função ativada automaticamente. Para quem não quer ter seus dados coletados, é necessário desativar o recurso.

Essas alterações de termos de uso, sem consentimento, preocupam autoridades do mundo todo sobre questões relacionadas à privacidade dos usuários. Na Califórnia (EUA), a OpenAI, dona do ChatGPT, está sendo processada por, supostamente, roubar de informações pessoais para treinar a IA do chatbot.

Em 31 de março, o Garantidor da Proteção de Dados Pessoais da Itália, a autoridade administrativa independente encarregada de supervisionar a segurança dos dados, bloqueou o ChatGPT com a justificativa de que a ferramenta não respeitava a legislação de dados pessoais nem tinha um sistema para verificar usuários menores de idade. O chatbot voltou a funcionar em 28 de abril no país.

Recentemente no Brasil, a Meta se envolveu em uma grande disputa sobre o uso de dados dos usuários. O que resultou em uma decisão da Agência Nacional de Proteção de Dados de bloquear a coleta de dados da empresa. A suspensão fez com que a companhia deixasse o Brasil de fora do lançamento da Meta AI, a nova ferramenta de IA da empresa. A organização enfrentou o mesmo problema na União Europeia. Por essa razão, a Meta também desistiu de lançar sua ferramenta de IA na região.

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