Plano Nacional de Inteligência Artificial: O que se sabe até agora

Texto: Redação TI Rio

O Ministério da Ciência e Tecnologia prevê investimentos de R$ 23 bilhões, até 2028, no Plano Nacional de Inteligência Artificial (PBIA), divulgado no último dia 30/07. O plano, que ainda será validado pelo Palácio do Planalto antes de entrar em vigor, prevê uma série de medidas estruturantes, inclusive, a aquisição de um supercomputador.

No PBIA foram delineadas ações de “impacto imediato” em diferentes áreas voltadas para resolver demandas urgentes na agricultura, defesa, segurança pública, educação, desenvolvimento social, gestão do serviço público, indústria, comércio e serviços, meio ambiente, saúde, trabalho e emprego.

Na área da saúde, por exemplo, a ideia é usar a inteligência artificial para criar sistemas automatizados para gerenciar teleconsultas, comprar medicamentos e acelerar diagnósticos.

Já entre as ações voltadas para indústria, comércio e serviços, é prevista a implementação da IA para combater fraudes financeiras, e a criação de ferramentas para melhorar a produtividade de microempreendedores. O aprimoramento de sistemas de previsão de eventos climáticos também está previsto

Além das ações que visam resultados a curto prazo, o plano foi dividido em cinco eixos: infraestrutura e desenvolvimento; difusão, formação e capacitação; melhoria dos serviços públicos; inovação empresarial e apoio ao processo regulatório e de governança. A Finep será a principal financiadora do plano, do investimento total de R$ 23 bilhões, R$ 15 bilhões serão geridos pela Finep através de recursos reembolsáveis, subvenção econômica, investimentos em ações e recursos não-reembolsáveis para ICTs (Instituições de Ciência e Tecnologia). Outros parceiros, como o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Ministério da Saúde, Ministério da Educação, BNDES, CNPQ e Sebrae, contribuirão com o restante dos recursos.

Super Computador – Entre as medidas que foram anunciadas, está a compra de um dos cinco supercomputadores mais potentes do mundo para impulsionar a pesquisa de ponta no Brasil. A nova máquina deverá funcionar no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis, e irá operar em um modelo aberto a parcerias similar ao do Sirius, acelerador de partículas situado em Campinas. Usado para pesquisa de materiais e análise molecular de amostras biológicas, o Sirius também acomoda demanda de pesquisas do setor privado.

O LNCC já possui hoje um supercomputador de alta capacidade, o Santos Dumont. Mas ele é de 2010 e não tem configuração adequada para treinar modelos de IA, mesmo que ainda esteja entre os 50 melhores do mundo em poder de processamento.

Pesquise no TI RIO