Pesquisa revela que 70% do setor de software e serviços do RJ é composto por micro e pequenas empresas

O TI Rio se reuniu na última segunda-feira, 01/12, com autoridades públicas, empresários e representantes de entidades ligadas ao Setor de TI para apresentar uma análise preliminar dos resultados da pesquisa sobre o Setor de TI do Estado do Rio de Janeiro, realizada em parceria com a Softex e a Riosoft. Os objetivos da pesquisa são apoiar a definição de novas políticas públicas e de fomento para desenvolver o Setor no Estado do Rio de Janeiro, ajudar as empresas a entender como o mercado se comporta e servir de referência para novas ações educacionais e de capacitação.

O estudo, o maior já realizado sobre o setor de software e serviços do estado, traçou um comparativo, englobando o período de 2007 a 2013, do Rio de Janeiro com São Paulo e também com a média nacional, com base em dados do IBGE e da RAIS. Foram produzidas cerca de 220 tabelas.

A pesquisa revelou que 70% das empresas de softwares e serviços do Estado estão enquadradas como Micro e Pequeno Porte. Das 11 mil empresas de TI do Estado, apenas 3103 possuem mais de um profissional, enquanto São Paulo aparece com 11.505 e Brasil 33.832. Isso reforça a importância de se definir políticas públicas com maior consistência e que atendam ao perfil do empreendedor fluminense.

O levantamento aponta ainda que o  Rio de Janeiro está perdendo importância como polo gerador de software e serviços nos últimos anos. Embora, quando comparada com o PIB estadual, a receita do setor tenha crescido de 2,9% para 3,2% entre 2007 e 2013, a porcentagem em relação à receita total no País caiu dos 20% em 2008 para 17,6% em 2013. Já a receita das empresas com sede no estado de São Paulo, que, em 2007, era de 53,3%, chegou a 62,4% do total do País em 2013.

Quanto à concentração econômica, apenas oito empresas capturam 66,4% da receita líquida do setor. Outro dado importante é a concentração da mão de obra especializada: 1,1% das empresas do setor empregam 30% dos profissionais de TI do estado.

Dados referentes ao crescimento anual por município identificaram também que, entre 2007 e 2013, o maior crescimento percentual anual foi registrado no município de Campos, com 22,2%, seguido por Macaé e Petrópolis, ambos com 10%. A capital vem em sequência com 6,3%. Em se tratando do crescimento anual do número de estabelecimentos, o RJ (6,4%) também ficou abaixo das médias de SP (8,7%) e do Brasil (8,2%).

A apresentação abordou também a média salarial, a formação e a qualificação de recursos humanos, assim como alguns comparativos econômicos, o que pode ajudar a entender melhor o complexo setor de TI e suas possibilidades de crescimento.

Na ocasião, estavam presentes autoridades públicas, como Franklin Dias Coelho, Secretário Especial de Ciência e Tecnologia do Estado do Rio de Janeiro; Evandro Peçanha, diretor do Sebrae; Teresa Mendes, consultora da Softex; Ivan Constant, Gerente de Projetos de Tecnologia da Informação do Sebrae e Rex Nazaré, Diretor de Tecnologia da Faperj e Márcio Lacs, presidente da Assespro-RJ.

Mais detalhes sobre os resultados da pesquisa podem ser acessados aqui.

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