Em meio à revolução provocada pela inteligência artificial generativa no setor de tecnologia, a Oracle (ORCL34) tem se destacado de forma discreta, porém, sólida. A gigante da nuvem está intensificando seus investimentos no Brasil, apesar de reconhecer que o país ainda está alguns anos atrás de mercados como o dos Estados Unidos.
Leandro Vieira, vice-presidente para IA e empresas HighTech da Oracle na América Latina, observa que “o Brasil está dois anos atrás do que está acontecendo nos Estados Unidos”, comparando o atual cenário brasileiro ao que os EUA vivenciaram recentemente, com o surgimento de empresas focadas em IA generativa.
Embora a Oracle não divulgue números regionais, a empresa afirma que está aumentando significativamente as remessas de GPUs, especialmente da Nvidia, principal fornecedora de placas para data centers voltados para nuvem e inteligência artificial. Globalmente, os contratos para utilização de infraestrutura já superam US$ 100 bilhões.
Alexandre Maioral, presidente da Oracle no Brasil, destaca que desafios como a capacidade energética e a burocracia para a importação de equipamentos estão se estabilizando. Com o aumento dos pedidos, a empresa enfrenta maior fiscalização aduaneira ao trazer GPUs para o Brasil.
A Oracle recentemente firmou uma parceria com a OpenAI, criadora do ChatGPT, para ampliar a oferta de processamento à startup. De acordo com Maioral, a Oracle é a única provedora de serviços de nuvem, além da Microsoft, que detém 49% da OpenAI e é sua principal fornecedora através da Azure.
Em 2024, as ações da Oracle valorizaram mais de 110%, impulsionadas por parcerias estratégicas e resultados positivos na área de serviços de nuvem. No trimestre encerrado em agosto, o crescimento desse segmento foi de 7%, superando as expectativas do mercado.
Os resultados divulgados em setembro fizeram com que Larry Ellison, cofundador e presidente da Oracle, aumentasse sua fortuna em quase US$ 95 bilhões em um único dia, consolidando-se como a segunda pessoa mais rica das Américas, conforme a Forbes.
Texto: Redação TIRio