Na guerra da nuvem, Microsoft ativa data center brasileiro

Na guerra dos serviços ofertados na nuvem, a Microsoft ativou o seu data center no Brasil. Unidade, que entrou em operação comercial nesta quinta-feira, 05/06, é a primeira da empresa na América Latina e está localizada em São Paulo. O centro de dados servirá para consolidar os negócios de IaaS da empresa no país e servirá ainda para atender clientes dos países da região.

“A primeira grande vantagem é a redução da latência. A segunda é a garantia do armazenamento do dado no Brasil”, explica André Echeverria, gerente geral de enterprise e cloud da Microsoft Brasil. O data center foi anunciado em dezembro passado e, em abril, conta Echeverria, em entrevista ao portal Convergência Digital, passou por testes com 20 clientes e parceiros. A operação comercial, agora, marca o começo de um novo modelo para a oferta de infraestrutura como serviço na empresa, por meio da plataforma Azure.

“A nuvem pública ainda precisa ser massificada entre as empresas, mas muitas já entendem o conceito e montam, com a nossa plataforma, uma nuvem privada, com saída para a nuvem pública. Agora com o datacenter no Brasil estamos prontos para atender com melhor performance – a latência cai – e também com a garantia dos dados armazenados localmente. Isso atende uma exigência legal”, explica o executivo.

A Microsoft não revela valores de investimentos no data center brasileiro, mas Echeverria adianta que o Brasil passou a frente de países como Inglaterra e Alemanha. Globalmente a empresa dedicou US$ 1 bilhão para negócios voltados para computação em nuvem, estratégica na sua reestruturação de negócios.  “Temos 11 regiões (datacenters) para o Azure no mundo. O Brasil é o primeiro do hemisfério sul e da América Latina. Isso só comprova como o mercado daqui é relevante para os negócios na nuvem da Microsoft”, diz.

O data center – localizado no Estado de São Paulo (a Microsoft não revela onde por questões de estratégia) – começa a operação com clientes de maior porte. Um deles é a Boa Vista SCPC, empresa de informações de crédito, que já é cliente do Microsoft Azure e vem se beneficiando da nova infraestrutura no Brasil. A empresa escolheu a estrutura local do Microsoft Azure para hospedar sua aplicação SAFe, uma solução avançada de prevenção à fraude no comércio eletrônico. “A residência de dados no Brasil é importante para nós e o Azure garante essa característica a nosso serviço”, ressalta Dorival Dourado, presidente da Boa Vista SCPC.

Outro cliente é a SiplanControl-M, especializada na informatização para este setor, que desde 2011 investiu no Microsoft Azure para armazenar na nuvem com segurança os documentos e processos digitalizados. “Com a região Azure em operação no Brasil, podemos ampliar os nossos serviços que atendem plenamente as normas e provimentos publicados pela Corregedoria Geral da Justiça, desde dezembro de 2012, que exige o armazenamento dos dados em território brasileiro”, afirma Carlos Eduardo Pierim, gerente de TI da SiplanControl-M. A empresa, que já está testando a nova região de Microsoft Azure, adota o formato de nuvem híbrida – com nuvem privada e pública – com armazenagem de 14 terabytes de dados em servidores próprios e da Microsoft.

Ao ser indagado sobre a concorrência com os titãs Google e Amazon Web Services no mercado de nuvem pública, o executivo da Microsoft Brasil, diz que, com relação à Amazon, ‘há um trabalho de competição e de colaboração, uma vez que eles são os maiores usuários do Sharepoint e de outras aplicações”, pondera. O fato de ter um data center local o diferencia também do Google, que optou por ter seu datacenter na região no Chile.

Echeverria diz que a atuação da Microsoft em IaaS completa um ano e que os resultados são mais que positivos. “Estamos galgando posições relevantes nesse mercado. E com o data center local, a proposta é avançarmos ainda mais não apenas junto ao consumidor final, que quer a nuvem para armazenar suas fotos e arquivos, mas junto às grandes empresas, que tratam cada vez mais informações”, completa. De acordo com a IDC, o mercado de infraestrutura como serviço na nuvem (IaaS) – no qual o Azure está inserido – deve crescer 50% no Brasil em 2014, somando US$ 429 milhões.

Site: Convergência Digital
Data: 05/06/2014
Hora: 11h
Seção: Hotsite Cloud Computing
Autor: Ana Paula Lobo
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=36935&sid=97#.U5C1qnJdVjU

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