Nos bastidores do universo tecnológico, muitos acreditaram que o compromisso da Meta com o open-source e suas ferramentas de inteligência artificial gratuitas eram gestos de pura generosidade. No entanto, a gigante comandada por Mark Zuckerberg revelou sua verdadeira estratégia: a criação de uma nova divisão de Business AI, destinada a transformar essas iniciativas em uma robusta fonte de receita.
Com impressionantes 500 milhões de usuários mensais utilizando produtos de IA da Meta e 200 milhões de negócios ativos nos aplicativos da família Meta, a empresa tem um vasto ecossistema à sua disposição. Além disso, o modelo de linguagem de código aberto da Meta, o Llama, já foi baixado 600 milhões de vezes, demonstrando seu alcance e popularidade.
A estratégia da Meta, no entanto, não foca em cobrar diretamente por suas ferramentas. Em vez disso, a empresa busca criar um ciclo virtuoso que potencializa suas receitas de anúncios. O processo é simples, mas eficaz: usuários que interagem com os aplicativos geram dados valiosos, que por sua vez alimentam o treinamento de novas IAs. Essas IAs aprimoradas aumentam a retenção e a atividade nos aplicativos, o que, inevitavelmente, resulta em maiores receitas publicitárias.
Cada componente desse sistema é projetado para reforçar o próximo, criando uma “roda da fortuna infinita”, como descrito pela empresa. A liderança dessa nova divisão estará sob a responsabilidade de Clara Shih, ex-CEO da Salesforce AI. Shih traz em seu currículo uma vasta experiência, sendo também investidora na Perplexity e co-fundadora da rede social de vendas baseada em IA, Hearsay Social.
Com essa nova abordagem, a Meta não apenas reforça sua posição no mercado de inteligência artificial, mas também redefine como as empresas podem integrar ferramentas open-source em modelos de negócios lucrativos. A expectativa é que essa estratégia não só amplie a influência da Meta no setor, mas também inspire outras empresas a explorar caminhos semelhantes.
Texto: Redação TIRio