Martha Rocha (PDT) diz a empresários do TI Rio que admite discutir redução do ISS, mas exigirá contrapartidas

A candidata do PDT à Prefeitura do Rio de Janeiro, Martha Rocha afirmou que no primeiro mês de governo, caso eleita, conversará com os empresário do setor de informática, por meio do TI Rio (o sindicato das empresas do setor) sobre a proposta de redução do Imposto Sobre Serviços (ISS). Ela admite a ideia, mas considera necessário estabelecer contrapartidas. A declaração foi feita em live realizada na manhã desta terça-feira, dia 03.

Martha Rocha disse que não vê problemas em utilizar incentivos fiscais para trazer bons negócios para a cidade, desde que sejam vinculados a novos postos de trabalho destinados aos moradores. Afirmou também que os incentivos devem estar associados a contrapartida social, como a de abertura de vagas e capacitação para jovens. “A Prefeitura pode abrir mão de receita, mas o cidadão carioca tem que ser beneficiado.”

A candidata afirmou que a cidade é o retrato do abandono e que teve um déficit orçamentário de R$4bilhões em 2019. Segundo disse, o Rio precisa de uma modernização administrativa e citou como exemplo a dificuldade para obtenção de dados oficiais acerca do município. “É tudo muito confuso, as plataformas disponíveis para o cidadão têm pegadinhas. O caminho para o investidor também e muito difícil. Para combater essa situação que identifica atualmente, propõe a criação de um canal que permita celeridade nas etapas para criação de empresas

Grande parte do tempo destinado à apresentação de propostas, foi dedicado ao tema educação, com o qual criticou a defasagem tecnológica a que estão submetidos os alunos da rede pública. Segundo Martha Rocha, a pandemia evidenciou as diferenças entre a rede privada e a pública municipal. “A educação é uma arma poderosa para transformar as vidas das pessoas”, disse.

O compromisso com a educação, afirmou, está associado ao futuro e, para tanto, considera essencial sua integração à ciência e tecnologia. Entre os planos nessa área está a criação do Porto Cidade Criativa, um corredor que ligará da Região Portuária à Ilha do Governador, com concentração de empresas dedicadas à inovação. Ela lembrou que o Rio tem quatro universidades públicas e diversos institutos de ciência que não são aproveitados. Outro compromisso apresentado foi o da criação de um plano municipal de desenvolvimento com um planejamento estratégico que adote políticas públicas de Estado e não de governos. 

Em sua proposta, as empresas, junto com os centros de ensino, apoiarão a capacitação dos alunos. “O grande problema do século não será a segurança, mas o trabalho”, afirmou. Como exemplos de governo com ações com visão de futuro, citou os de Leonel Brizola (1983/1987 e 1991/1994), que construiu a rede de CIEPs, a Linha Vermelha, o Sambódromo e as delegacias de atendimento ao turista. Lembrou que, durantes as construções, foi duramente criticado por setores da sociedade, mas seguiu em frente e deixou os legados que continuam insubstituíveis.

Ela defendeu que o governo tenha projetos estruturantes e que não pode ser imediatista. Segundo Martha Rocha é preciso pensar no futuro ao assumir compromissos no presente. No Rio, assegurou, para conseguir atuar no fomento será preciso, “antes de tudo arrumar a casa.”

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