Uma nova tecnologia de transmissão de internet, chamada Li-Fi, promete revolucionar a conectividade, oferecendo velocidades até 100 vezes maiores que as do Wi-Fi convencional. Desenvolvida por Harald Haas, da Universidade de Edimburgo, a tecnologia usa pulsos de luz de LEDs para transmitir dados, atingindo frequências de até 200.000 GHz, muito acima dos 5 GHz do Wi-Fi.
O diferencial do Li-Fi está no uso do espectro de luz visível, que é 10.000 vezes maior que o espectro de ondas de rádio, usado no Wi-Fi. Isso torna a transmissão de dados mais eficiente e adequada para locais com alta interferência eletromagnética, como hospitais e aeronaves, onde os sistemas eletrônicos são mais sensíveis.
A segurança também é um ponto forte do Li-Fi. Como a luz visível não atravessa paredes, a conexão fica limitada à área iluminada, o que dificulta o acesso não autorizado e a interceptação de dados.
A previsão é que o Li-Fi chegue ao mercado nos próximos dois anos e seja utilizado em aviões comerciais. No entanto, a tecnologia apresenta desafios. A transmissão depende de uma linha de visão direta entre o transmissor e o receptor, o que pode ser problemático em ambientes com iluminação controlada ou ao ar livre. Além disso, o Li-Fi tem alcance vertical de 10 metros, enquanto o Wi-Fi chega a 30 metros.
Para o Li-Fi funcionar, serão necessários ajustes de compatibilidade nos dispositivos atuais, além de uma conexão de internet potente.
O primeiro uso prático do Li-Fi foi em 2013, na Ilha Mainau, na Alemanha, como parte de um projeto financiado pelo governo. O experimento, liderado pelo Instituto Heinrich Hertz, mostrou resultados promissores. Apesar das limitações, a nova tecnologia não pretende substituir o Wi-Fi, mas coexistir, oferecendo uma conectividade mais eficiente em ambientes específicos.