Mais um ano se encerra e segue a frustração das empresas de informática do município do Rio de Janeiro com a atuação da Câmara dos Vereadores, que procrastina a votação do projeto de lei 491/2009, que reduziria a alíquota do ISS do setor de 5% para 2%, índice semelhante às principais cidades do país. A questão tramita na Casa há sete anos. Mas esta não é a única reivindicação do setor que reúne cerca de 10 mil empresas na cidade, com mais de 50 mil empregados. Por isso, há algum tempo, as entidades empresariais (TI Rio) e as associações do setor, Assespro e Riosoft – formularam uma proposta de Política Estadual de Tecnologia da Informação, com o sonho de retomar para a cidade o título de maior centro produtor de software e serviços de tecnologia da informação do país.
Segundo o presidente do TI Rio, Benito Paret, não basta ter uma sólida base de empresas e centros de ensino e pesquisa do estado. Por isso, os empresários decidiram focar em alguns setores para tentar recuperar o terreno perdido. São eles: convergência digital (mídias interativas), petróleo, gás e outras energias, governo eletrônico e exportação. Para chegar lá pregam maior índice de compras públicas pelos governos locais junto às empresas fluminenses, a criação de linhas de financiamento específicas para o setor e a agilização de fóruns que tenham poder de articulação e investimento e que agilizem negócios para as empresas, tais como o Rio Digital, os parques tecnológicos.
Estes são temas na pauta do jantar anual que reúne os empresários do setor no próximo dia 2 de dezembro no Clube Ginástico Português, no Centro do Rio. Embora o período de Natal seja propício a comemorações, o setor aproveitará a confraternização para relembrar às autoridades suas demandas, que poderiam fazer o Rio voltar a brilhar no cenário da tecnologia da informação.
Jornal: Monitor Mercantil
Data: 22/11/2013
Seção: Conjuntura Econômica
Coluna: Primeira Linha
Página: 3