Após dois anos de estagnação, o gasto médio nas empresas brasileiras com TI tele leve alta em 2017, atingindo 7,7% do faturamento líquido das empresas. As conclusões são da 29ª Pesquisa Anual de Administração e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas da FGV/São Paulo, divulgada nesta quinta-feira, 19/04.
Em 2015 e 2016, foi constatada uma paralisação do gasto com tecnologia, que representou 7,6% do faturamento médio nos dois anos.
Mesmo que modesta, a alta para 7,7% em 2017 foi classificada como uma “grata surpresa” pelo professor da FGV e coordenador do estudo, Fernando Meirelles – ele trabalhava com a hipótese de nova estabilidade ou de queda inédita no indicador.
Os gastos ficam em linha com a participação do setor de TICs no Produto Interno Bruto do Brasil, estimada em 8%, salienta o professor da Fundação Getúlio Vargas, Fernando Meirelles. Segundo ele, na indústria, por exemplo, a automação comercial tinha um orçamento próprio. Agora ele está sendo deslocado para TI, muito em função da integração dos processos e do uso maior de ferramentas no dia a dia.
“A própria área de TI se preocupa em ter que gerir tanto budget. Mas é certo que os recursos tiveram que crescer. Não dá mais para pensar o negócio sem o uso das TICs. Não tem como sobreviver”, acrescenta.
A pesquisa, que recebeu 2560 respostas válidas de cerca de oito mil grandes e médias empresas do Brasil, pela primeira vez, elencou as prioridades e preocupações de investimentos em tecnologia. Nas médias empresas surgiram: Atualização de software e de sistemas, inteligência analítica e BI, implementação e integração. Nas grandes empresas, por sua vez, apareceram: Governança de TI, Inteligência Artificial, Internet das Coisas e transformação digital. “Esses temas estão em todas as reuniões de TI do Brasil”, reforça Meirelles.
Para o professor da FGV, em 2017, mais empresas passaram usar a tecnologia no dia a dia, muito por conta da exigência fiscal do governo brasileiro. “Como o contato com o Fisco é digital, e há serviços que acontecem de forma digital, como o eSocial, as empresas não tiveram mais como não usar TI. A própria nota fiscal eletrônica requer uma informatização dos pequenos e grandes negócios”, conclui Meirelles.
Texto com informações da Convergência Digital
Fonte: Convergência Digital
Data: 19/04/2018
Hora: ——
Seção: Negócios
Autor: Ana Paula Lobo
Foto: ——
Link: http://www.convergenciadigital.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=site&infoid=47798&sid=5