No novo mercado de trabalho, moldado pelos impactos cada vez maiores da tecnologia, sobreviverá quem tiver criatividade e acompanhar a velocidade das mudanças. Esta foi a tônica do seminário Futuro das Profissões, realizado nesta terça-feira, 26, no Rio Info 2017. A 15ª edição do Encontro Nacional de Tecnologia e Negócios termina nesta quarta-feira, 27 de setembro, no Centro de Convenções Sul América, na Cidade Nova, no Rio de Janeiro.
Para Pablo Cedreira, do Centro de Tecnologia e Sociedade (FGV), apesar do avanço da inteligência artificial em inúmeras atividades, ainda não inventaram a “crítica artificial”..
Segundo ele, se sobressai no mercado aquele que souber analisar, entender, criticar e propor novas soluções para velhos ou novos problemas. A ciência de dados, portanto, se torna fundamental, mesmo com o alto volume de dados abertos no Brasil, pouco uso se faz dessas informações, que poderiam se transformar em plataformas de auto governança e fiscalização, por exemplo. Já para o professor da UFRJ Nelson Francisco Favilla Ebecken, “se a sociedade hoje não consome mais dados é porque não tem necessidade”.
Debatedores e participantes concordaram que o sistema educacional no Brasil é considerado lento e pouco preparado para atender às demandas do novo mercado. Nelson defende um modelo educacional interdisciplinar. “O modelo educacional é arcaico e calcado no diploma, não no conhecimento. As escolas e faculdades não ensinam a pensar”, afirmou Gustavo Rabichez, da Legalite.
Para ele, neste novo cenário, uma mudança de mindset dos profissionais se torna necessária para buscar aprendizado, empreender e aproveitar novas oportunidades. Newton Fleury, que coordenou o painel, lembrou como as aplicações computacionais já auxiliam profissões consideradas tradicionais, como medicina, engenharia e direito.
Veja cobertura especial do Convergência Digital para o Rio Info 2017: