O streaming é uma realidade e cada vez mais presente na sociedade brasileira. Mas quais são os impactos dessa ferramenta nos negócios? O painel ‘Integração Música e TI” é um dos destaques do Rio Info 2015. A proposta é debater, com especialistas da área, como encontrar o modelo de negócios ideal nessa convergência de novas tecnologias.
“A nova geração dificilmente compra CD’s, até mesmo porque não existem mais lojas físicas. A web 2.0 revolucionou não só a música como o vídeo e os conteúdos de entretenimento. Hoje é possível ouvir música pelo Youtube, saber o que seus amigos e até seus ídolos estão ouvindo. As tecnologias integraram as redes sociais e existem algoritmos de sugestão de música surpreendentes”, afirma Marcos Chomen, representante do CD Baby na América Latina, plataforma de distribuição de música digital, um dos participantes do debate sobre o tema streaming no Rio Info 2015.
A CD Baby representa cerca de 360 mil artistas independentes em todo o mundo, em diferentes plataformas streaming e de download de músicas com o iTunes, Youtube, Spotify, AmazonMP3, entre outras. Segundo Marcos Chomen, a indústria da música no Brasil demorou para investir no mercado digital por falta de conhecimento do processo de distribuição digital e resistência ao novo. Hoje, pagando uma mensalidade, o usuário tem acesso a um grande catálogo de músicas.
“O principal desafio agora está em conquistar e educar o público, para que ele compreenda que por R$ 10,00 mensais, por exemplo, ele tem acesso a 30 milhões de músicas em alta qualidade para ouvir a qualquer hora e em qualquer lugar. Por outro lado, as empresas de telefonia têm que melhorar o serviço de banda larga e expandir para todo o território nacional. Temos ainda muitas cidades onde o acesso é precário, ou sequer existe”, relata.
Embora as plataformas streaming sejam a nova onda do mercado de música, o grande desafio é descobrir o melhor modelo de negócios que valorize o trabalho do artista. “Para o usuário final o serviço de streaming é uma maravilha, porém, para os artistas, nem tanto. Com mais de 43 milhões de audições, a música “Happy”, de Pharrell Williams, por exemplo, rendeu ao artista menos que U$ 3 mil. Alguns serviços de streaming focam somente no consumidor final tornando seu modelo de negócios pênsil, desequilibrado e pouco sustentável”, afirma Dauton Janota, diretor da Pleimo, serviço de streaming com mais de onze milhões de músicas e presente em 135 países, e, no que também estará no painel Integração Música e TI, no Rio Info 2015. Conheça a programação completa e saiba como participar do Rio Info 2015.