O seminário Rio como cluster da nanotecnologia, no dia 19 de setembro das 16h às 17horas, apresentará o potencial da cidade neste segmento, segundo Patrícia Lustoza de Souza, coordenadora do Labdis, Laboratório de Fabricação e Caracterização de Nanodispositivos da Puc-Rio. As oportunidades, afirma, podem permitir que a cidade se torne um cluster tanto na produção como no uso.
Patrícia, que abordará as atividades em nano realizadas no Labdis, lembra que o Rio concentra várias instituições de pesquisa que trabalham com nanotecnologia em diferentes áreas do conhecimento, como biologia, química, física, engenharia, computação e ciência de materiais: “Assim, é natural que o Rio de Janeiro possa se tornar um polo de pesquisa e desenvolvimento na área”.
“No Brasil temos a empresa Nanum que produz tintas com partículas magnéticas para impressora inkjet, a Nanox que faz revestimentos antimicróbios e Nanophoton, que presta serviços na área”. O consumo em geral desses produtos e serviços já é globalizado.
Na tecnologia da informação já é comum o uso da nano em processadores. Por exemplo, o processador Intel® Atom™, que é baseado em uma microarquitetura projetada especificamente para dispositivos pequenos e de baixo consumo. Segundo Patrícia, outros produtos também utilizam a nanotecnologia: “Ela pode ser usada, por exemplo, em células solares de terceira geração, em filtros solares, em revestimentos, fotodetectores etc”.
R$ 440 milhões em investimentos – O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) lançou no final de agosto a Iniciativa Brasileira de Nanotecnologia (IBN), um conjunto de medidas para criar, integrar e fortalecer as atividades do setor, com foco na inovação. Segundo o secretário do Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Álvaro Prata, estão previstos investimentos de aproximadamente R$ 440 milhões em 2013 e 2014.
A iniciativa pretende aproximar a infraestrutura acadêmica e as empresas, para fortalecer as relações entre pesquisa, conhecimento e setor privado. Entre as ações da IBN está a reestruturação do Sistema de Laboratórios em Nanotecnologias (SisNano), que terão prioridade nas políticas públicas de apoio à infraestrutura e formação de recursos humanos. Das 50 propostas apresentadas por instituições e universidades de todo o país, 26 foram selecionadas para integrar o sistema.
A PUC tem um conjunto de laboratórios, incluindo o Laboratório de Semicondutores (LabSem) e Laboratório de Fabricação e Caracterização de Nanodispositivos (Labdis) que faz parte do SisNano. Trata-se de uma infraestrutura que pretende atender solicitações da indústria/empresas e também outras instituições de ensino e pesquisa.
Patrícia recebeu com otimismo o anúncio do MCTI: “Maravilha, essa é uma iniciativa que pode alavancar a indústria e empresas do setor”.
Fonte: Rio Info