Promover o crescimento de todos os 92 municípios do estado do Rio de Janeiro por meio do acesso à banda larga até 2018. Essa é a proposta do projeto Rio Digital, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), em parceria com o Proderj e a Faperj, ainda em fase de elaboração. De acordo com o presidente da Proderj, Antônio Bastos, criar essa estrutura é permitir que todos os municípios tenham capacidade de crescer.
O projeto, elaborado com recursos de parcerias público-privadas, teve como base uma série de estudos comparativos de redes nacionais e internacionais bem sucedidas. Ele vai proporcionar uma rede própria aos municípios, que poderão atender de forma mais eficiente às necessidades de setores como a saúde, educação, transporte e segurança.
As maiores dificuldades para a inclusão digital hoje no Brasil são a baixa qualidade e o alto custo dos serviços de telecomunicações. “Temos distritos de alguns municípios do estado do Rio onde não há acesso à Internet. O cidadão que trabalha em uma cidade próxima, quando volta para casa, está desconectado do mundo. Essa é uma realidade que temos que mudar e fazer com que a inclusão social aconteça por meio da inclusão digital”.
Um ponto importante levantado por Bastos é que o projeto não consiste apenas em fornecer a banda larga para os municípios, mas também iniciar serviços básicos de acordo com a necessidade de cada parte da população. “Nós vamos criar um portfólio de serviços básicos que vão fazer o atendimento de cada cidade. Vamos focar as carências de serviços inteligentes de cada uma. Mas isso é uma coisa mutável. A intenção é progredir, dando continuidade na prestação de serviço inteligente”.
Bastos destacou ainda que o Rio Digital vai permitir a implantação de sistemas e serviços inteligentes e dará base e estrutura tecnológica para os municípios, por meio melhorias no desenvolvimento social e econômico e na gestão governamental. A infraestrutura dessa rede eficiente vai viabilizar o uso de recursos tecnológicos como o vídeo monitoramento na área de segurança, rede wi-fi em locais públicos e também parcerias entre prefeituras.
Como exigência para estabelecer a parceria público privada, Antônio Bastos apontou a melhoria contínua da rede banda larga, levando em consideração a rápida evolução da tecnologia. “A empresa que ganhar essa parceira público-privada terá que reinvestir na rede dentro de um período de 30 anos, criando um colchão de financiamento e garantindo que os municípios evoluam nos seus serviços inteligentes”.
Fonte: Rio Info