Primeiras empresas brasileiras assinam contratos para uso de domínios próprios nesta quinta, 17

Natura, Vivo, Bradesco, Itaú, Rede Globo, Ipiranga e Uol são as primeiras empresas privadas brasileiras a obterem domínios com o nomes de suas marcas como “.natura”, “.vivo” etc, em substituição ao “.com.br” ou o .org”, por exemplo. A assinatura do contrato de concessão dos domínios com a Divisão de Domínios Globais da Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN), entidade internacional responsável pela coordenação da identificação dos indicadores públicos da internet, o sistema de domínios e os números de IPs, é uma das atrações desta edição do Rio Info 2015. A assinatura dos contratos acontece nesta quinta-feira, dia 17, durante seminário “Tecnologia – o presente e o futuro” que será realizado a partir das 15 horas no hotel Royal Tulip (Avenida Aquarela do Brasil, 75 – antigo Intercontinental – São Conrado –RJ).

Para a aprovação da concessão, que dá o direito ao uso irrestrito do domínio, as empresas precisaram comprovar, por meio de uma série de exigências, que são mesmo donas das marcas, evitando a ocorrência de fraude. “Algumas marcas solicitam o domínio por uma questão de segurança, além da exclusividade em ter o nome da marca no próprio domínio”, conta Daniel Fink, gerente de relacionamento da ICANN no Brasil.

Segundo Daniel, o conjunto de domínios faz parte do programa de expansão de novos domínios de topo – aqueles localizados mais à direita do endereço web – realizado pela entidade em todo o mundo. “Além das marcas, outros domínios também estão sendo criados como, por exemplo,“.pizza”, “.expert” etc. Mais de 1300 novos domínios devem ser criados nos próximos anos em todo o mundo. Desde que iniciamos o programa, mais de 600 já foram aprovados. Um dos desafios é divulgar esse novo formato para o usuário”.

A ICANN lançou o programa de novos nomes de domínio em junho de 2011. Entre 2012 e 2013, 1930 empresas solicitaram um domínio no novo formato.  “Esta foi a primeira grande expansão dos nomes de domínio de topo. A decisão que a ICANN cumpre neste momento é garantir que este conjunto de novos nomes funcione perfeitamente na Internet. Está tudo indo bem e já existem planos de lançamento de uma nova chamada, para que outras empresas ou instituições solicitem seus registros nos próximos anos”.

Internet global – Segundo Daniel, nos próximos meses deve acontecer um momento histórico na internet, que é a transição da custódia dos EUA para a comunidade internacional, na administração das funções da Iana, órgão técnico da ICANN que viabiliza que os domínios sejam criados. “Essa é a última etapa para as mudanças acontecerem na raiz da internet. Os EUA nunca abusou do poder com a guarda da internet global, mas sempre trazia algum desconforto para os outros países ter todo esse poder em um único país. Antes, toda a mudança feita no servidor da internet global precisava ser provada pelo governo dos EUA.”

A mudança ajudar a garantir uma das principais características da internet, que é a de ultrapassar fronteiras e poder operar em todos os países de forma unificada. “O importante da Internet é que ela seja única. Sua globalização é um bem que a humanidade conquistou e isso traz benefícios para todos, em especial para os empresários. A possibilidade de alguém criar uma inovação aqui no Rio de Janeiro e pode ser tornar um serviço global, é uma coisa fantástica”.

A ICANN também exerce um papel importante para o funcionamento da internet no que diz respeito às diretrizes, organização das políticas e decisões para o mercado, que são tomada com base na contribuição de diferentes grupos representativos da sociedade em todo o mundo, como os governos, a iniciativa privada os próprios usuários.

Fonte: Rio Info 

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