No próximo dia 28, às 14horas, os empresários do setor de TI do Rio de Janeiro participam de um encontro virtual com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Desburocratização, Chicão Bulhões. O objetivo, segundo Benito Paret, presidente do TI Rio, é apresentar uma pauta de trabalho que permita a retomada do crescimento do setor, travada nos últimos anos, entre outros motivos, em função da desatenção do poder municipal. Para participar inscreva-se aqui.
Entre as propostas estão a de criação imediata de um Conselho/Comitê de Inovação e Tecnologia, com objetivo de avaliar e propor medidas e projetos para atuação da Prefeitura na área. Essa instância deverá contar como componentes obrigatórios com representantes dos órgãos da Prefeitura (incluindo o LABGOV), da academia, empresas, ONGs e entidades representativas do segmento como TI Rio e a Riosoft.
Entre as ações possíveis indicadas por Benito, estão a revisão dos marcos legais de inovação; a instituição de um programa de financiamento/investimento no setor, com a participação das agências governamentais federais (BNDES e Finep) e estaduais, junto com a iniciativa privada principalmente via PPPs. O incentivo nos esforços para incluir e manter a cidade dentro dos parâmetros das SmartCities, que, lembra Benito, além de tecnologia e inovação, envolvem a qualidade de vida e satisfação do cidadão (cidade mais humana), por exemplo.
Nesse campo, o TI Rio irá defender como primeiro e fundamental o projeto batizado como “conectividade para todos”. Será um processo para beneficiar os 7 milhões de cariocas num prazo máximo de dois anos.
Envolve convidar e coordenar esforços dos vários segmentos que viabilizariam essa meta, principalmente: operadoras de comunicações; fabricantes e distribuidores de celulares, tablets e equipamentos; instaladores de cabos, postes e links; desenvolvedores e implementadores de sistemas habilitadores; integradores; juntamente com a academia, governos (incluindo legislativo) e ONGs.
Inclui também a desburocratização do processo de aprovação de instalação de antenas (celulares) na cidade. O 5G exigirá um volume maior de antenas a serem instaladas e, hoje, o processo de aprovação junto às cidades é um entrave: burocrático, restritivo, ultrapassado e sem transparência. Segundo Benito, será preciso “revisar o processo de aprovação, tornando-o mais adequado aos dias de hoje e criar uma plataforma digital para que os processos de aprovação sejam rápidos e transparentes.”
Segundo Benito, os empresários reunidos no TI Rio já alinhavaram bases do que pretendem apresentar ao secretário. E entre os exemplos imediatos para o projeto Smart Cities com Conectividade está a atuação junto aos alunos da rede pública precisam de apoio escolar (reforço e explicações). A tecnologia da informação pode fazer o casamento entre profissionais aposentados dispostos a oferecer conhecimento, e os alunos. “Quando o confinamento for abrandado e as aulas retomadas, a Prefeitura poderá criar espaços nas escolas e praças (tipo quiosque) para que esses encontros aconteçam. Custa pouco e pode ser bancado por grandes empresas”, aponta Benito.