No mundo da IoT, impressão 3D é algo do passado e obsoleto

As novas pesquisas que estão sendo desenvolvidas sobre a construção da matéria fazem com que a badalada impressão 3D seja algo do passado e obsoleto. Pelo menos é essa a posição defendida pelo design industrial com inúmeras especialidades e coordenador dos laboratórios Next e de Biodesing da PUC-RJ, Jorge Lopes. Para o especialista, a impressão 3D é basicamente um processo mecânico, mas nos centros mais avançados do mundo já se pesquisa sobre a desmaterialização e materialização das coisas.

“O processo de fabricação das coisas é grosseiro e ultrapassado. Se imaginarmos que toda matéria tem um código, é possível se materializar as coisas a partir desse código. E da mesma forma como baixamos coisas hoje, poderemos materializar um bem de consumo como uma garrafa de água, desde que você tenha permissão para isso”, descreveu Lopes, durante o painel Equipes Multidisciplinares e Novos Modelos de Inovação, realizado nesta terça-feira, no Rio Info 2015.

À frente de vários projetos no Brasil e com artigos e trabalhos publicados em várias publicações científicas do mundo, Lopes atua em áreas tão distintas como o escaneamento com drones do Cristo Redentor ao repatriamento digital das obras raras do Meu Nacional para a Amazônia. Um dos projetos foi conduzido com a Organização Nacional da Indústria do Petróleo – ONIP a PUC e o Instituto Nacional de Tecnologia – INT para materialização de peças de equipamentos subsea de exploração de petróleo para a FMC Technologies, uma das empresas com centro de pesquisa e desenvolvimento no Parque Tecnológico da UFRJ.

Já Fabro Steibel, coordenador geral do Instituto de Tecnologia Social – ITS, tratou dos desafios da economia de compartilhamento e dos novos modelos de negócio baseados na intermediação digital de empresas como Uber e Airbnb. Ele observou que nesse novo cenário, aqueles que chegam primeiro desestruturam toda uma cadeia de valor e alcançam um poder de mercado que se dissemina rapidamente, com o risco de tornarem-se oligopólios.

“A tecnologia sempre chega antes da regulação. Táxi e hotel são modelos regulados. Mas Uber não é táxi, porque não tem qualquer relação com o passageiro nem com o motorista. Na Califórnia já há duas ações trabalhistas e começam a surgir sindicatos de motoristas de transporte compartilhado. O mais importante é não proibir. A indústria fonográfica tentou impedir o compartilhamento de arquivos e perdeu a batalha. É preciso avançar em como adaptar a legislação para esse tipo de modelo. A lógica da economia do compartilhamento vai crescer”, aposta.

Fonte: Rio Info

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