Música e tecnologia bem afinadas

O som do momento no mercado digital de música é o farfalhar das notas. De dólar. A notícia soou como um coro de anjos para os empresários que assistiram ao painel “Economia Criativa: TI e a música”, na Rio Info 2015. Com a moderação do músico e produtor cultural Pedro Sá Moraes, os palestrantes explicaram que há muitas oportunidades no ramo da música e que os interessados precisam apenas ter boas ideias.

“No Brasil, o setor de TI ainda não descobriu a importância dos negócios na área de música. Quem se arriscar, terá ótimas chances – afirmou Marinilda Bertolete, representante no Brasil do Midem, o maior evento de música do mundo, que, em sua última edição, reuniu 6.400 participantes, três mil companhias e 184 startups de 73 países”.

“Hoje, música é sinônimo de tecnologia. É a composição binária de 0 e 1. O mercado está em transição para o digital, para o mobile. São novos consumidores e novos preços para os serviços. Na verdade, passamos da época em que música era um produto a ser comprado para a era em que música é um serviço a ser consumido – explicou Robert Singerman, diretor da Make Music New York e da Marcato Digital”

Segundo Singerman, a indústria da música precisa pensar diferente do que fazia há 15 anos e é neste contexto que o setor de tecnologia tem tudo para crescer, apresentando soluções inovadoras. Ele lembrou que, hoje, público e artista interagem de forma diferente e que as startups podem pensar numa série de produtos para oferecer ao mercado. Ele citou o exemplo do Shazam, um aplicativo que identifica uma determinada música a partir de qualquer som. “O Shazam já é o maior vendedor de músicas do iTunes. Você descobre que canção era aquela e compra por impulso. Ideias assim têm mercado garantido”, disse o especialista.

Marcos Chomen, CEO da CD Baby, a maior distribuidora de música independente do planeta, lembrou que, este ano, os maiores serviços digitais de música passaram de 23 para 70 países, com 43 milhões de tracks e US$ 6,9 bilhões em vendas. Hoje, há no mundo 400 serviços de música digital. Serviços de streaming contam com 41 milhões de assinantes em todo o planeta. Parece muito? Bom, a Netflix tem 40 milhões de assinantes apenas nos Estados Unidos.

“Estamos vivendo a corrida do ouro e temos que acertar o tiro. Há oportunidades em diversos segmentos: distribuição, sincronização, promoção, análise de dados. É só encontrar o seu ritmo e apostar nele”, disse ele.

Fonte: Rio Info

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