A mediação, recurso extrajudicial privado e voluntário de resolução de conflitos, pode ser aplicada em diferentes temas e setores. Na tecnologia da informação o desentendimento causado por especificações em contratos de serviços, propriedade intelectual e questões que envolvem a distribuição e meta nas vendas são alguns dos mais comuns no setor e a mediação é um caminho na busca por solução entre as partes, seja entre grupos ou empresas.
“A mediação é uma solução customizada para as necessidades do cliente, com o custo que elas podem arcar e no ritmo das partes e não das instituições. É importante respeitar o tempo das pessoas para chegarem a um comum acordo. O sigilo do processo é outro ponto muito importante”, afirma Tania Almeida, diretora presidente do Mediare, que participou de painel sobre o tema na tarde desta terça-feira no Rio Info 2015.
Tania também anunciou a assinatura do convênio entre o TI Rio e a Mediare para que as empresas associadas possam contar com o serviço de mediação de conflitos com preços reduzidos e possibilidade de utilização das dependências da instituição para as reuniões. “O acordo trará muitos benefícios para o setor de TI do Rio e já está disponível. As empresas associadas que demandem deste recurso devem buscar mais informações no TI Rio”, disse Tania.
O sistema segue várias etapas que passam pela análise do conflito e estudo das partes envolvidas, escolha do mediador que melhor atende ao caso, a pré-mediação, quando acontece um primeiro encontro e a definição das etapas seguintes, entre elas a escolha pela presença ou não de um advogado e o agendamento dos encontros. “Para cada caso pode haver uma quantidade de reuniões diferente. O processo se encerra com a assinatura do acordo”.
O encontro presencial a facilita a negociação e humaniza o processo. “A mediação permite que as emoções sejam respeitadas e consideradas, ao contrário da justiça comum. As partes em conflito muitas vezes perdem a capacidade de diálogo e prejudicam as decisões. A mediação oferece oportunidades de desarmar o ímpeto gerado pela crise”.
Segundo Gilberto Martins, da Martins Almeida Advogados, a tecnologia também permitiu uma evolução no processo de mediação desde que começou nos anos 80 com base no modelo de arbitragem clássica. “As mediações por canais que não sejam presenciais foi um grande avanço. No caso do comércio eletrônico, uma grande oportunidade para o setor de TI. Passamos a mediar por meio de sistemas automatizados de disputa, como softwares e sites que permitem que as partes ofereçam seus lances e propostas de valores, de forma sigilosa e, com o cruzamento dos dados seja apresentada a melhor proposta”.
Fonte :Rio Info