Na Internet das Coisas ainda há muitos desafios a serem enfrentados e muitas oportunidades surgindo. Para o Gabriel Antônio Mourão, consultor de novas tecnologias da Perception, que apresentou nesta terça-feira um panorama sobre o tema durante o Rio Info 2016, este é o momento ideal para investir em IoT. “Precisamos entender se o que estamos fazendo é realmente Internet das Coisas. Se não corremos o risco de fazer investimentos que ser perderão. A IoT está no topo do hype cycle. Essa fase de oportunidades dura de cinco a dez anos. O mesmo já aconteceu com o surgimento da Internet, mas nem todos os investimentos geraram inovação. Temos que aproveitar ao máximo esse momento”. já não é mais um termo novo dentro do universo da Tecnologia da Informação, mas
“A Iot já agrega diferentes tecnologias, como cloud computing e big data, e precisa se preparar para as novas que vão surgir. É preciso ainda encontrar novas soluções sobre questões importantes como segurança, privacidade ou volume de dados nas comunicações. A aplicabilidade e compatibilidade entre diferentes plataformas também precisa ser pensada”, afirma Gabriel.
Para Fabio Porto, professor e pesquisados do Laboratório Nacional de Computação Cientifica (LNCC), que tem desenvolvido vários projetos em parceria com instituições e empresas para aplicação de IoT com uso de dados captados por sensores, para desenvolver sistemas é preciso entender bem a estrutura e característica dos dados a serem avaliados e da aplicação que se pretende construir. “Cada tipo de dado, sejam eles de séries temporais, comprimidos, criptografados, preciso ou impreciso, tem uma interpretação diferente”.
Um dos projetos desenvolvidos pelo laboratório de pesquisa é o SAHA, de acompanhamento do desempenho de atletas de alto rendimento a partir do monitoramento de dados em diferentes áreas, como nutrição e bioquímica. “A Iot é a próxima grande onda. E três pontos chave são mais relevantes para se pensar neste momento: variedade, velocidade e veracidade”.
O diretor do centro de pesquisas da GE, Marcelo Blois, que também participou da mesa, mostrou uma nova perspectiva para novas tecnologias, que passam a ser monitoradas digitalmente a partir de sensores para gerar riquezas. “As locomotivas que transportam minério de ferro, por exemplo, são monitoradas para aumentar a produção e reduzir custos. Já as turbinas de avião possuem cerca de 300 sensores que monitoram e conseguem prever qualquer necessidade de manutenção”.