Formação acadêmica sólida é base para profissionais de futuro

O imediatismo e a liquidez dos conhecimentos, que estão cada vez mais ligados aos jovens, acabam por prejudicar as reflexões e escolhas profissionais, segundo Alfredo Laufer,  diretor do Centro de Empreendedorismo Universitário (Ceu) e coordenador da trilha “Profissionais do Futuro”.

De acordo com a professora de engenharia de sistemas e computação da UFRJ, Claudia Werner, a facilidade de acesso às informações por meio da internet permite ao estudante encontrar atalhos ao conhecimento acadêmico. “Os atalhos não deixam ter o conhecimento necessário para passar por todas as mudanças do futuro. Na computação, muito mais do que aprender a linguagem A, B ou C, é preciso saber que vai mudar. É na base universitária, em matérias como a matemática, que se adquire a abstração que permite trabalhar em outras áreas e se reinventar”.

A professora destaca ainda que não se faz tecnologia de forma instantânea. É preciso dar continuidade na formação e incentivar a criação. “A Engenharia de Software é uma área que exige muita criatividade, o que não falta ao brasileiro. Na América Latina, quem é reconhecido mundialmente é o Brasil.”

Cláudia diz que a quantidade de alunos em computação tem diminuído no mundo inteiro, enquanto a demanda por profissionais só cresce. “Existem potenciais usuários, mas poucas pessoas para fazer o aplicativo. É preciso mostrar outros meios e incentivar os jovens”.

Abrir o leque das oportunidades da área é uma solução para se aproximar dos jovens, para que eles descubram o caminho que desejam seguir. “Nós tentamos transmitir quais são as dificuldades, anseios e desafios de atuar na área. A Engenharia de Software é aplicada à teoria e aliada à pratica. Quais as decisões o jovem deve tomar? Qual caminho seguir? Fazer pesquisas, empreender? É importante vivenciar o mundo para saber o que realmente quer”.

O psicólogo Fernando Potsch, do Centro de Empreendedorismo Universitário, destaca que o perfil do profissional do futuro é ser um mentor que ouve os usuários. O foco deve ser principalmente no usuário e não só no conteúdo e soluções criadas. “O que não vai mudar no setor de TI é a existência do usuário, suas ansiedades cada vez mais complexos e urgentes”.

Fonte: Rio Info 

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