O estudante Eduardo Lúcio, 16 anos, do 3º ano do ensino médio do Instituto Federal de Alagoas – Campus Arapiraca, foi o vencedor da Copa Rio Info de Algoritmo – CRIA 2016, uma competição nacional entre estudantes de nível médio e técnico promovida pelo Sindicato das Empresas de Informática do Rio de Janeiro (TI Rio) e pela Federação das Empresas de Informática (Fenainfo).
Este ano o CRIA recebeu 453 inscrições de alunos de escolas de ensino médio e técnico de vários estados brasileiros, que passaram por uma etapa classificatória. Desses, seis finalistas foram selecionados: três estudantes de escolas de Minas Gerais, e os demais de Alagoas, Espírito Santo e Paraná.
Eduardo foi o único estudante do estado de Alagoas a chegar à etapa final. “A prova foi razoavelmente tranquila. Mas achei algumas questões mais complexas. Já foi muito bom só de ter chegado até a final”, afirma o vencedor da competição, que pretende seguir a carreira na engenharia de computação.
Segundo o professor Heitor Barros, que acompanha o aluno, cerca de dez estudantes da escola se inscreveram. “Os alunos que se inscreveram receberam suporte da coordenação de professores. Eles se organizaram e criaram grupos de estudo. Muito foi mérito deles, que procuraram estudar, e do Eduardo, que é um aluno nota dez”.
O estudante Caio Tácito Borges da Costa, 16, que participou pela segunda vez do CRIA, conquistou, pela segunda vez consecutiva, o segundo lugar na competição. “Achei este ano mais difícil, ainda mais porque não temos mais a ajuda dos outros colegas da equipe. Este ano concluo o ensino médio e não poderei participar mais, mas valeu a pena. Foi um grande desafio”, afirma o jovem, que, apesar de se interessar pela área de informática, pretende seguir a carreira de engenharia aeroespacial.
Mulher na TI
A única estudante mulher na final, Sofia Mitie Bello, também de 16 anos, foi também a única que conseguiu completar as nove questões propostas integralmente na primeira etapa da competição. Para o quinto lugar na final, explica: “Me confundi ao usar a biblioteca (conjunto de funções pré-definidas) e fiquei um pouco nervosa”, afirma a estudante que sempre gostou da área de exatas, lógica e programação e pretende seguir a carreira de engenharia biomédica.
Segundo Sofia, além dela, apenas outra colega da escola fez a prova da primeira etapa do CRIA. “Acho que as mulheres imaginam que vão encontrar apenas homens nos cursos da área de tecnologia, por isso, talvez, não se interessem muito. Mas creio que isso vai mudar e mais mulheres vão se interessar pela área”, diz a estudante.
Novo formato
Segundo o coordenador do CRIA, John Forman, este ano a competição ganhou um novo formato. “As competições este ano passaram a ser individuais, e não mais por equipes, o que permitiu que as escolas inscrevessem quantos alunos quisessem”.
Outra novidade foi a correção computadorizada de todas as provas por meio da plataforma Run.codes, com base nos algoritmos desenvolvidos no Portugol Studio, um ambiente para aprender a programar, voltado para os iniciantes em programação que falam o idioma português. Forman destaca que o Portugol Studio, software desenvolvido pela Univali, pode ser baixado gratuitamente em http://lite.acad.univali.br/portugol/.
Os resultados de cada questão finalizada foram divulgados pela primeira vez online no site do CRIA durante a realização das provas pelos alunos.
Veja a classificação final:
1º lugar – Eduardo Lúcio, do Instituto Federal de Alagoas – Campus Arapiraca (professor responsável: Heitor Barros)
2º lugar – Caio Tacito Borges da Costa, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais – Campus Ouro Preto (professor responsável: Osvaldo Novais Júnior)
3º lugar – Vitor Rodarte Ricoy, do Cefet-MG – Campus 2 Belo Horizonte (professor responsável: Sandro Renato Dias)
4º lugar – André Louzada Colodette, do Instituto Federal do Espírito Santo – Campus Cachoeiro de Itapemirim (professor responsável: Rafael Vargas)
5º lugar – Sophia Mitie Bello Suzuki, do Instituto Federal do Paraná – Campus Irati (professor responsável: Cleverson Sebastião)
6º lugar – João Pedro Ribeiro Viana, do Cefet-MG – Campus Divinópolis (professor responsável: Alisson Marques da Silva)