A alta do dólar surge como excelente oportunidade para empresas do setor de Tecnologia da Informação (TI) colocarem seus produtos no exterior. A opinião é do secretário de Políticas de Informática do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação, Virgílio Almeida, que participou nesta terça-feira, da abertura do Rio Info 2015, evento que até o dia 17 reúne empresas, investidores, bancos e agentes públicos ligados a TI.
“É hora de ter ousadia e procurar essa competitividade internacional”, diz Almeida. Para ele, o momento de crise e de preocupação, que obriga o governo a adotar medidas restritivas, deve ser aproveitado pelo setor para assumir a liderança na retomada do crescimento, já que os números do setor de TI são mais otimistas do que os da economia em geral. “Apesar da crise, o setor de tecnologia da informação tem crescido a taxas muito maiores que a economia tradicional. Precisamos aproveitar essa característica da sociedade brasileira e a força da indústria da tecnologia da informação e acelerarmos a saída do momento de dificuldade que o país vive”, disse o secretário, ao destacar que o Brasil é o sétimo maior mercado de tecnologia de informação no mundo.
Ruben Delgado, presidente da Softex – Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro – alerta que o empresário brasileiro de TI que não sair da zona de conforto e redirecionar seus investimentos vai perder a vez no mercado global. “A alta do dólar é muito propícia à indústria de software, que é globalizada”, diz Delgado. “Por outro lado, toda época de crise é momento de oportunidade para as empresas em geral repensarem suas estratégias, com economia de custo e aumento de produtividade”, reforça.
Delgado ressalta ainda que, se de um lado o setor empresarial deve buscar competitividade e ousar rumo ao mercado exterior, cabe ao governo dar um direcionamento para as políticas públicas de incentivo à indústria. “Nossas indústrias estão pulverizadas e oferecemos muitas coisas. Dar um posicionamento de Estado, mostrando ao mundo o país como fornecedor de determinada tecnologia é importante”, comenta. Ele cita que o programa TI Maior, que enumera 12 áreas consideradas estratégicas para o país, deve ser impulsionado. Aponta ainda a marca Brasil IT + como importante iniciativa para expor a marca brasileira no exterior.
O assunto será aprofundado e debatido nesta quarta-feira, no seminário Competitividade Global das Empresas Brasileiras de TI, promovido pela Softex, no âmbito do Rio Info. O evento ocorrerá às 14horas, no auditório Água Marinha. Além da palestra de Ney Leal, atual vice-presidente da Softex, o seminário contará com duas mesas redondas, uma com o tema Papo de agentes – rede Softex e geração de benefícios para a Indústria de TI; e a outra sobre o programa Startup Brasil – Ação RJ.
Durante todo o evento, a Softex apoia a rodada de negócios internacional. O objetivo é fomentar negócios internacionais para as empresas de TI do Brasil. O Rio Info tem agenda de reuniões entre as empresas brasileiras que detém soluções de tecnologia com as delegações internacionais presentes no evento.
Fonte: Rio Info