Economia criativa atrai profissionais de TI

Os instrumentos de Incentivo Governamental para a Economia Criativa Digital estarão em debate durante o Rio Info, no dia 18 de setembro. Entre os participantes está a mobCONTENT, que integra a incubadora Rio Criativo, a primeira governamental do segmento. Segundo Marcos Ferreira, a empresa é especializada em produção de conteúdo para plataformas diferenciadas. “Criamos conteúdo para novas e velhas tecnologias, podemos usar desde aplicativos de realidade aumentada até livros artesanais para transmitir da melhor forma o conteúdo que queremos comunicar”.
 
No momento, Marcos desenvolve o projeto “Polissonorum”, que explora narrativas sonoras georreferênciadas através de um aplicativo. Segundo ele, no App o usuário pode ouvir, no seu smartphone, um áudio relacionado ao local em que se encontra. Os recursos iniciais foram obtidos por meio de um edital do Centro Experimental de Conteúdos Interativos Digitais, o Cecid, destinado a apoiar projetos envolvendo conteúdo e interatividade.
 
Foram destinados R$ 20 mil para desenvolver um protótipo e assim ir ao mercado captar o que resta para desenvolver o app e os conteúdos. “O recurso vai nos possibilitar dar início à captação para o aplicativo final. Vimos nisto um sinal de como as instâncias fomentadoras começam a enxergar a tecnologia enquanto plataforma de conteúdo e de cultura”, afirma Marcos. “Até encontrarmos este apoio tivemos uma grande dificuldade de captação de recursos por meio de mecanismos de incentivo cultural, por se tratar de um aplicativo e ser encarado com um viés tecnológico e não cultural. Neste caso, o aplicativo é tão somente a plataforma que dá suporte ao áudio, ao conteúdo”.
 
Criada há um ano pelo Ministério da Cultura, a Secretaria da Economia Criativa incentiva a habilidade de usar a criatividade e o conhecimento para lançar produtos e serviços inovadores, capazes de gerar renda e empregos. O olhar atento do governo revela a força que esta nova economia representa hoje para o país. Mas, segundo Marcos Ferreira, os profissionais de TI ainda encontram dificuldade em buscar incentivos fiscais para alguns projetos. “Claramente, existe um aumento na ênfase da economia criativa, no entanto ainda vemos dificuldade do Governo em enxergar que tecnologia e criação muitas vezes andam juntas e que ambos devem ser encarados também como cultura”, explica.
 
O mercado de TI já apresenta bons resultados para esta nova economia. Segundo estudo da Firjan, o segmento de Software & Computação apresentou o maior saldo de contratações nos últimos quatro anos, com 86 mil novos empregados, mantendo-se como maior empregador do país dentre as atividades do núcleo criativo. Com remuneração e empregados crescendo acima da média, as atividades do núcleo criativo ganharam maior representatividade na economia nacional.

Enquanto em 2006 respondiam por 2,4% do PIB, em 2010 alcançaram participação de 2,5%. Em termos nominais, o núcleo da indústria criativa movimentou R$ 93 bilhões na economia brasileira em 2010. No estado do Rio, a importância do núcleo criativo para a economia fluminense (3,5%) continuou maior que na média nacional (2,5%), equivalendo em 2010 a R$ 14,7 bilhões da economia do estado. Para maiores informações sobre como participar, acesse : www.rioinfo.com.br

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