A regulamentação da profissão de TI voltou ao debate no Rio Info 2016. Assespro Nacional, Softex, ABES, Fenainfo e TI Rio se posicionaram contrários à medida. Sustentam que a medida pode vir a ser uma ‘camisa de força’ para o setor, que luta para ser uma prioridade estratégica no desenvolvimento do Brasil.
“Bem-vindos matemáticos, médicos, dentistas e outros. Nós fazemos software. Precisamos ter múltiplos conhecimentos”, reage o presidente da Assespro Nacional, Jeovani Salomão, ao falar sobre a possível regulamentação da profissão de TI. para o executivo, é um erro pensar numa reserva de mercado.
A regulamentação da TI é um tema recorrente nos últimos 30 anos no Brasil, mas a cada ano que passa fica mais complexo regulamentar um setor que se torna mais transversal.”Passou a época de regulamentar a profissão. Não é o momento de perder tempo em discutir um assunto que não se resolveu”, pontuou Benito Paret, coordenador da Rio Info e presidente do TI Rio.
Para o presidente da Fenainfo, Márcio Girão, ao contrário de ‘fechar’, é preciso aumentar o escopo de atuação da Tecnologia da Informação. Segundo ele, discutir reserva de mercado para analistas de sistemas é um tema que não faz sentido.
Na área de TI, a diversidade de especialistas é crucial para o desenvolvimento de bons sistemas, diz Francisco Camargo, presidente da Associação Brasileira de Software. Segundo ele, para fazer um bom software de medicina será preciso ter médicos envolvidos. “Software domina o mundo e ele só é bem feito se houver múltiplas cabeças pensando e produzindo”.
A regulamentação da profissão de TI não é um tema que venha a ajudar num momento que se quer a TIC como prioridade nacional, pondera o presidente da Softex, Rubén Delgado. Segundo ele, o déficit de mão de obra qualificada na área será uma constante. “As tecnologias evoluem muito rápido. Não há como acompanhar”.
Fonte: Convergência Digital
Autor: Ana Paula Lobo e Pedro Costa