Independente de idade ou classe social cresce o número de usuários de smartphone em todo o mundo. Segundo pesquisa da Mobile Report, da Nielsen Ibope (2014), apenas no Brasil são mais de 50 milhões. Toda essa popularidade, causada, principalmente, pelo barateamento da tecnologia, também tem aumentado a demanda por aplicativos específicos. Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), até 2020, 90% do crescimento do mercado de TI serão direcionados para tecnologias mobile, social business, big data e cloud services.
Para Rui Lacerda, partner da Psiengine, empresa portuguesa de desenvolvimento de software, que abordará o tema no painel “Tendências no desenvolvimento de software” durante o Rio Info 2015, as perspectivas para o futuro são muito boas, mas ainda é preciso amadurecer o mercado para dispositivos móveis: “Existe um grande aumento na venda de dispositivos moveis e a expectativa é que esse número cresça muito nos próximos três, quatro anos. O mercado está apenas engatinhando. As empresas ainda estão descobrindo que o app é ou poderá ser o seu melhor canal de venda e de contato com seus clientes”.
Segundo Lacerda, existem muitas ferramentas e recursos para dispositivos móveis, no entanto, muitos ainda são voltados para um único sistema operacional. “O maior desafio é conseguir uniformizar os desenvolvimentos de todas as plataformas, com a aplicação web da empresa, sem descartar o legado do core business, de muitos anos de desenvolvimento e/ou investimento, e tornar os ambientes o mais homogêneo possível, com um custo reduzido e em tempo satisfatório”.
A qualificação dos profissionais que atuam neste mercado é outro desafio para o setor, segundo Lacerda: “Mesmo com a grande gama de profissionais voltados para esse tipo de desenvolvimento, o nível ainda é muito baixo. São, geralmente, pessoas que migraram de outras plataformas para a área mobile, e o nível de conhecimento muitas vezes não é satisfatório. O desenvolvimento para este formato exige múltiplas habilidades técnicas e profissionais bastante qualificados. Para atender esta demanda as empresas têm buscado treinar profissionais de TI recém-contratados”.
Além da coerência do layout e da imagem do produto nas várias plataformas, Lacerda destaca a importância da comunicação e interação do desenvolvedor com seus clientes para a melhoria da qualidade dos serviços e aumento das vendas: “Atualmente o melhor canal de venda e distribuição de aplicativos são as stores. Mas a divulgação no website também atinge um grande público, bem como as redes sociais e ações de comunicação. As empresas precisam ter a capacidade de responder às necessidades do cliente”.
Lacerda ressalta que as empresas desenvolvedoras para dispositivos móveis precisam estar atentas às tendências do setor como, por exemplo, o mercado promissor da “internet das coisas”, ainda em fase de especulação, mas que já tem gerado grandes investimentos, principalmente no que diz respeito à segurança dos softwares.
Durante o painel, Lacerda também vai apresentar a proposta inovadora da plataforma Sharpblocks, que atende as tecnologias hoje já adotadas e preserva o legado das empresas. “Além de uma visão estratégica para a empresa, a plataforma pode proporcionar um ganho muito significativo no desenvolvimento web, pois permite a renderização para mobile em diferentes sistemas operacionais, dispensando os desenvolvedores específicos a cada um dos sistemas, além da publicação a cada manutenção nas stores específicas de cada um deles”.
Fonte: Rio Info