Brasil está atrasado no processo de migração do IPv4 para o IPv6

Lucas Pinz, gerente sênior de tecnologia na PromonLogicalis, que ministra a palestra “IPv6”, afirma que “a internet só existe por causa do IPv4. Toda ela opera sobre esse protocolo que já tem mais de 30 anos. Mas, para que a internet continue a crescer é necessário migrar para o IPv6”. Porém, até que ocorra uma transição completa do IPv4 para o IPv6, estão sendo usadas técnicas que possibilitam a coexistência e interação entre os dois protocolos.

As oportunidades de negócios para as empresas de TI, a transição para o IPv6, as implicações empresariais e gerenciais para as empresas usuárias (inclusive de retardar a migração) e as conexões entre a Internet das Coisas e o IPv6 serão apresentadas por Lucas Pins na palestra dia 16 de setembro, às 10h, durante o Rio Info 2014.

O movimento de migração já começou há vários anos em países como EUA, Japão e China. “Por enquanto o governo brasileiro apenas recomenda a adoção do IPv6, mas não há regras e metas definidas para a adoção, diferente do que aconteceu nos EUA, por exemplo, onde havia uma obrigatoriedade de que toda as redes de comunicação dos órgãos do governo migrassem para IPv6 até o final de 2013. O Brasil está atrasado”, lamenta Pinz.

Atualmente o país só tem em estoque endereços IPv4 para solicitações emergenciais que não atenderiam uma grande operadora de telecomunicações por três meses. Por outro lado, o gerente da PromonLogicalis elogia o trabalho do NIC.br no treinamento dos profissionais de TI e Telecom para que estejam aptos a operar e construir redes baseadas no IPv6. “Esta atualização do protocolo IP atenderá as demandas dos usuários durante as próximas décadas, não tendo uma previsão de esgotamento. O IPv6 possui uma capacidade de endereçar 340 undecilhões de nós públicos, o equivalente a 79 trilhões de vezes a quantidade da capacidade de endereçamento do IPv4”, afirma.

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