Do Convergência Digital, por Carmen Lucia Nery
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) está desenvolvendo um projeto de Big Data para o monitoramento da população da Região Metropolitana do Rio de Janeiro a partir dos CDR das ligações de usuários das operadoras celulares.
Segundo Alexandre G. Evsukoff, professor da FGV, o projeto vai identificar os padrões de mobilidade de um universo de 2 milhões de pessoas e poderá ser utilizado para o desenvolvimento de politicas públicas e planejamento na área de transporte e controle de epidemias.
“O projeto conta com apoio da Fundação de Amparo a Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj) e parceria com a Coppe-UFRJ e o Massachusetts Institure of Technology (MIT). O objetivo é gerar informações relevantes sobre o deslocamento das pessoas, permitindo o desenvolvimento de modelos preditivos que poderão ser usados pela prefeitura que também apoia o projeto”, diz Evsukoff.
Ele explica que sempre que ocorre uma ligação em uma rede de telefonia celular é gerado um registo conhecido como CDR que as operadoras utilizam para fazer o encontro de contas nas tarifas de interconexão. Esse registros são armazenados por três meses e depois vão para arquivos mortos. “Esses dados têm uma riqueza de informações mas nada se fazia com eles até o momento, eram praticamente jogados no lixo”, conclui.
A FGV também criou no Rio de Janeiro o primeiro curso de extensão em Big Data.