Big Data: como selecionar informações relevantes na cadeia de P&G

Embora muito usada antes mesmo de antes de ficar conhecida como Big Data, a análise de grande volume de dados é coisa antiga no setor de Petróleo e Gás. O grande diferencial do atual cenário é como minerar e extrair valor desse volume de informações originado de fontes e formatos tão diferentes (mobile, cloud, redes sociais).

Segundo Américo de Paula, especialista em soluções da Microsoft Brasil, a tecnologia Big Data tem possibilitado diversas soluções para o setor. “O objetivo é a democratização do Business Intelligence (BI) e Analytics. Transformar os processos de forma automatizada, e dar poder às pessoas para tomada de decisões”.

Segundo Américo, a possibilidade de extrair e transformar informações através de modelos analíticos avançados em tempo real, não importa onde os dados estejam armazenados, estruturados ou não, pode antecipar rupturas na produção, gerar alertas e minimizar custos. “Alguns processos podem e já são impactados por soluções Big Data, como a gestão de potencial de novos poços, exploração e produção em tempo real, processamento sísmico e simulação de reservas, além da parte de gestão e manutenção preditiva”.

Segundo Victor Almeida, analista de sistemas da TIC da Petrobras, a quantidade de dados gerados pela petrolífera, tem exigido cada vez mais investimentos em soluções analíticas com foco em Big Data. Um dos projetos que já está em execução no parque termelétrico da Petrobras é o monitoramento contínuo e integrado, e em tempo real, de sensores de equipamentos. “O objetivo é garantir a eficiência do processo e identificar a causa de determinados problemas através do prognóstico. Com isso conseguimos evitar falhas e paradas durante a operação, em consequência de problemas com os equipamentos”.

Soluções de Big Data também são usados em outros projetos como para otimização e monitoramento da produção de petróleo e gás, assim como aplicada a demandas da logística de armazenamento e simulação de reservatórios. “Vivemos em uma era em que as empresas são, cada vez mais, data-intensive, baseadas em dados. A TI e os dados que estão sendo gerados são extremamente importantes para dar à Petrobras a vantagem competitiva que ela precisa”.
Para a Ana Oliveira, cientista de dados do Centro de Pesquisas da EMC, antecipar o cenário a partir da análise de dados históricos é o principal objetivo do uso de analytics em Big Data para P&G. “Nosso foco é usar essa tecnologia para tomar decisões real time e usar a base histórica para prever cenários. Para isso a gente precisa de muitos dados e de todos os tipos.

Estruturados e não estruturados. A dica é guardar tudo, porque não sabemos o que vamos precisar”.

Segundo Ana, um dos grandes desafios do uso dessa tecnologia ainda é estruturar os dados, que estão, geralmente, muito segmentados. “Muitas vezes levamos muito mais tempo procurando os dados, do que os analisando, propriamente”.

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