O modelo de educação a distância como ferramenta de democratização do acesso ao ensino e forma de contribuir para a ampliação da formação e atualização profissional é uma das vertentes de discussão do painel “O papel do vídeo digital no futuro da educação”, parte do seminário TI na Educação, que acontece no dia 17 de setembro, a partir das 13h30, durante o Rio Info.
Segundo o professor Edmundo de Souza, do Programa de Engenharia de Sistemas e Computação, da Coppe/UFRJ, com a educação a distância é possível aumentar essa capacidade, com otimização do tempo e dos recursos, além da capacidade de chegar a lugares onde não há infraestrutura adequada. Ele afirma que a proliferação de cursos a distância com o uso de recursos audiovisuais na aplicação de conteúdos didáticos cresce no Brasil e no mundo, inclusive entre os mais jovens. As novas tecnologias da informação e comunicação (TICs) contribuem significativamente para o fortalecimento da modalidade. “Hoje temos uma grande facilidade no armazenamento e transmissão de dados pela internet e, principalmente, do acesso dos usuários à rede, em consequência da expansão da banda larga. A diversidade de plataformas móveis, como laptops e smartphones, também facilitam o acesso”.
A interatividade é outra importante ferramenta cada vez mais aperfeiçoada e aplicada à modalidade. O uso de imagens, hiperlinks, podcasts, animações em Flash, exercícios interativos e outros recursos tornam a experiência de aprendizagem completa. “A interatividade atrai e mantém o aluno mais próximo do conteúdo melhorando o aprendizado”, afirma.
Segundo Edmundo, o Cederj, consórcio que oferece cursos de graduação a distância de oito universidades públicas de ensino superior (Cefet, IFF, Uerj, UFRJ, UFRRJ (Rural) UFF, Unirio, Uenf), é um exemplo de que a tecnologia pode ser usada a favor da educação. Pioneiro, o programa passou a oferecer os cursos em 2005, quando o tema ainda era novidade no Brasil. “A graduação em computação, em parceria com a Coppe/URFJ e UFF, por exemplo, conta com conteúdo 100% em vídeo aula”, afirma.
Para o professor Edmundo, esse modelo de educação é um caminho sem volta e que precisa receber mais atenção no Brasil. “Em termos de tecnologia aplicada à educação, o Brasil está avançado. O que falta é o reconhecimento interno e valorização do que nós produzimos aqui”, conclui.
O sistema educacional tem incorporado muitas inovações. A sala de aula não é mais o único ambiente de aprendizado e o modelo de educação a distância (EaD) é uma importante ferramenta de democratização do acesso ao ensino, inclusive como possível solução para diminuir a demanda por formação e atualização de profissionais.