Com mediação do vice-presidente do TI Rio, John Forman, os deputados estaduais e integrantes da Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento da TI, Robson Leite, Clarissa Garotinho e Luiz Paulo Corrêa da Rocha discutiram questões como uso das tecnologias da informação e suas aplicabilidades na mobilidade urbana, educação e saúde. Além disso, os convidados fizeram inúmeras colocações a respeito de medidas políticas que servem de apoio para o desenvolvimento da TI, um dos setores com melhor desempenho no país.
Abrindo o encontro, o deputado estadual, Luiz Paulo, defendeu o uso da tecnologia da informação em diversas situações do nosso dia a dia, com ênfase para o planejamento de transportes e trânsito.
“O uso da TI na mobilidade urbana ainda é profundamente precário em nosso estado, seja em transporte de passageiros, cargas, ou até mesmo no trânsito da região metropolitana. É inadmissível que com o avanço da tecnologia, nós ainda não tenhamos informação sobre fluxo de trânsito, circulação de veículos públicos, etc” afirmou Luiz Paulo.
Para o deputado, a TI permite expandir o seu uso em todas as possibilidades, sendo um forte instrumento para melhorias não só na mobilidade urbana, mas também em outras situações.
“Eu ouso dizer que se não avançarmos com o uso da TI, essas melhorias, tão aguardadas na mobilidade urbana, não irão acontecer em nossa região”, enfatizou o deputado.
Em seguida, Clarissa Garotinho defendeu algumas medidas consideradas fundamentais para o desenvolvimento do setor.
“Se nós queremos avançar como um dos principais países em tecnologia da informação, uma das medidas, é reduzir urgentemente o Custo Brasil, ou seja, diminuir todos os gastos internos que oneram os serviços de TI no país, o que os tornam menos competitivos. E isso inclui reduzir o ISS, ICMS, encargos trabalhistas, além de promover políticas, como por exemplo, desonerar as empresas que capacitarem mais os seus profissionais”, destacou.
Na área da educação, a deputada falou sobre a importância de se direcionar os jovens para áreas em expansão no país, estimular a produção de artigos acadêmicos em universidades particulares, e de potencializar a essência das Faetecs (Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro) dando prioridade aos cursos técnicos.
O deputado e presidente da Frente Parlamentar, Robson Leite, fortaleceu a ideia que o Rio de janeiro tem plenas condições de voltar a ser a capital da informática, porém é preciso que o poder executivo se sensibilize e adote medidas que contribuam para o crescimento do setor. Para Robson, o primeiro passo é aprovação do projeto de lei que reduz o ISS de 5% para 2%.
“No Rio de Janeiro, nós temos inúmeras universidades de ponta, parques de pesquisa, diversas oportunidades proporcionadas pelos grandes eventos (Copa do Mundo e Olimpíadas) e na verdade o que eu vejo é uma falta de sensibilidade do poder executivo de observar isso como uma grande oportunidade para gerar trabalho, renda e oportunidades para o setor de TI do Rio de Janeiro – o trilho está pronto temos é que botar isso para andar”
Um dado que preocupa os empresários do setor e que também foi debatido durante o encontro, é a escassez de profissionais de tecnologia da informação. A previsão é que o país perca até 2020, cerca de R$ 115 bilhões em receita, por ausência de mão de obra.
Para quem não assistiu a transmissão ao vivo do 23º Fórum TI Rio, o vídeo estará disponível em nosso site em breve.