Benito Paret*
Os polos de desenvolvimento tecnológico de capitais, como Recife, Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte e São Paulo, geram milhares empregos e propiciam desenvolvimento de qualidade nestas cidades.
Aqui no Rio de Janeiro, apesar das promessas e compromissos assumidos pelo prefeito/candidato Eduardo Paes na campanha, o PL 491/2009 não entrou nas prioridades do governo, e não ocorreu a votação prometida para final do período legislativo de 2012.
Os novos vereadores iniciaram seus mandatos e boa parte desconhece a importância do setor de software, cujas 10 mil empresas geram em torno de 50 mil empregos em nossa cidade, o que muito nos preocupa. Afinal, desde 2007, com o projeto de lei 1.250 (substituído pelo atual prefeito em 2009, pelo PL 491), o Rio espera a votação da redução da alíquota do ISS das empresas de informática de 5% para 2% pela Câmara.
A aprovação do PL 491 criará condições para que o Rio, sede de grandes eventos, alcance o mesmo nível de competitividade das outras cidades em TI e cumpra seu destino de destaque nacional e internacional, o que depende de nosso Prefeito e dos novos Vereadores.
É fato que pelo menos 3,4 mil empresas de TI que poderiam estar no Rio de Janeiro procuraram municípios vizinhos, nos quais a alíquota do ISS é inferior ou igual a 2%. Além de tributação mais alta, o Rio não oferece qualquer estimulo para que novas empresas se instalem aqui ou retornem à cidade.
Ninguém questiona que o prefeito e os vereadores precisam assumir o compromisso de cuidar de questões essenciais a toda cidade e a geração de empregos é uma delas. O cidadão do Rio merece que desenvolvimento econômico, crescimento da renda familiar e emprego de qualidade sejam considerados prioritários para os próximos quatro anos.
* Benito Paret é presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Rio de Janeiro
Jornal: O Dia
Data: 20/02/2013
Seção: Opinião
Autor: Benito Paret
Página: 18