Encontro mostra como já convivemos com o Metaverso

Fortnite, Roblox, Second Life são experiências no mundo virtual que ninguém nomeava como Metaverso, mas que já representavam esse universo, diz o professor de ciência da computação da Puc Rio, Rafael Nasser. Junto com Paulo Milet, diretor do TI Rio e presidente do Conselho de Educação da Associação Comercial do Rio, ele participou do 2o Encontro sobre Metaverso realizado pelo TI Rio. Os dois apresentaram um panorama da tecnologia e falaram sobre projetos em andamento.

Milet expôs o Metario 2030, ação que realiza em parceria com o governo do estado do Rio e que criou um ambiente virtual, tendo foco os Objetivos de Desenvolvimento do Sustentáveis (ODS) definidos pela ONU. Para o projeto, foram escolhidas dois dos objetivos. O quatro, que foca na educação e o onze, acerca das cidades. O espaço criado apresenta uma cidade com seus serviços, empresas, entidades, universidades, moradias e por ela é possível passear e acessar as atividades e informações de cada participante. Milet destaca que o propósito é valorizar o conhecimento, a informação, o aprendizado e a educação em um ambiente sustentável, que inclui usinas de hidrogênio verde e placas de energia solar, por exemplo.

Nasser lembrou que os debates sobre as possibilidades do mundo virtual começaram em 1938 e traçou um histórico do processo até hoje, incluindo as experiências do Second Life, lançado em 2003 e que ainda em 2021 movimentou uma receita de U$80milhões; do Roblox, de 2006 e receita em 2020 de U$ 920milhões ou o Fortnite, uma experiência imersiva que faz sucesso com adolescentes e teve receita de U$5.1bilhões em 2020. 

Nesses espaços, lembra, estão presentes empresas que fazem apresentações, lançamentos de produtos e artistas famosos com seus shows. Ele cita marcas como a Microsoft, que tem investido em realidade aumentada e a Meta, com seus óculos virtuais como exemplos. Para Nassar o caminho é o da coexistência muito profunda entre nossa realidade e a do Metaverso. Hoje, diz, há experiências com treinamentos e eventos. Ele crê que as tecnologias vão intensificar as conexões pessoais, sociais e humanas e afirma que não há uma forma definida, mas que as realidades virtual e aumentadas serão mescladas e só com o tempo se entenderá como as pessoas adotarão as novas realidades.
Nassar apresentou experiências que têm sido realizadas pelo ECOA, projeto da Puc que adota o Metaverso, tais como o Meta Pilotis, o Meta Solar e o Meta RDC, com exposições e apresentações de diferentes escolas da Puc. Ele crê que o metaverso tem características como as de ser compartilhado, persistente e possivelmente descentralizado e construído pela comunidade.

Veja o vídeo e conheça mais sobre experiências como as da Spatial, com exposição de itens de arte digitais; do The Sandbox, com venda de térreos; da Decentraland, que não tem dono, é compartilhada e palco para lançamentos de carros de marcas como Hiunday, de brindes e realização de semana de moda; da Cryptovoxels, com galerias de arte, festas, NFTs etc.

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