Noticias sobre a criação de Polos Tecnológicos para empresas inovadoras em varias cidades e nos últimos meses; lançamento de programas para apoio de empresas startup da área de TI – Startup Brasil, Startup Rio, etc. O recente anúncio pela Presidenta Dilma do plano Inova Empresa com recursos de 32,9 bilhões de reais para financiamento a atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação: subvenção econômica a empresas; fomento para projetos em parceria entre instituições de pesquisa e empresas; participação acionária em empresas de base tecnológica e crédito para empresas com R$ 20,9 bilhões em empréstimos com taxas de juros subsidiadas (2,5% a 5% ao ano), quatro anos de carência e 12 anos para pagamento. Sendo uma das áreas consideradas prioritária a de Tecnologia da Informação.
Estes fatos nos fazem relembrar os idos da década de 70 quando o termo “empreendedorismo” começou a ser utilizado no Brasil associado com as pessoas capazes de identificar oportunidades, agarrá-las e buscar os recursos para transformá-las em negócio lucrativo. O economista Schumpeter já tinha popularizado este conceito como peça central de sua teoria “Destruição Criativa” em 1945. Para Schumpeter o empreendedor é alguém versátil, que possui as habilidades técnicas para saber produzir, e um viés capitalista capaz de reunir recursos financeiros, organizar as operações e realizar as vendas.
Na última década a grande bandeira passou a ser a Inovação, significando novidade ou renovação, ou seja, uma ideia, método ou objeto que é criado e que supera os padrões vigentes anteriormente e que chega ao mercado. Inovação também passou a ser entendida como fazer mais com menos recursos, permitindo ganhos de eficiência em processos e sendo o grande ser motor da competitividade e é fator fundamental para o crescimento econômico da sociedade. Esta palavra esta de certa forma banalizada, é muito fácil se dizer inovador, o difícil é realmente ser inovador.
De forma simples, inovação é a capacidade de mudar um cenário, de revolucionar, por mais simples que seja a ideia inovadora, se ela for capaz de revolucionar trará um ganho imenso para aquele que executou a inovação, e permitirá a este ter uma melhor posição no espaço em que ele convive. Não necessariamente a inovação é feita pelos grandes, mas é comum se ver em pequenas empresas. Não há duvida que o Governo Federal, secundado por ações estaduais, investe maciçamente no apoio ao empreendedorismo inovador, destacando a área de Tecnologia da Informação como prioritária. Cabe aos jovens ansiosos por oportunidades e as empresas experientes entender o chamado.
Benito Paret é Presidente do TI Rio – Sindicato das Empresas de Informática do Rio de Janeiro
Site: Convergência Digital
Data: 20/05/2013
Seção: Opinião
Autor: Benito Paret
Link: http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=33811&sid=15#.UaX02tK84ms