Eduardo Paes participa de encontro com TI Rio e apresenta suas propostas chaves para o setor

O candidato a prefeito do Rio, Eduardo Paes, apresentou três propostas chaves para o setor de tecnologia da informação durante o encontro com empresários organizado pelo TI Rio nesta quarta-feira, 23. Disse que pretende abrir mercados para as empresas como fornecedoras de software; criar polos de incubadoras e aceleradoras e investir para que a cidade seja referência em soluções inovadoras. 

No conjunto de ações afirmou que pretende retomar o programa Prosoft; incentivar a inclusão de eventos setoriais de TI no calendário da cidade; investir no aumento do tráfego de rede de Internet na cidade. Sobre a questão do ISS, evitou assumir compromissos, mas foi lembrado pelo presidente do TI Rio, Benito Paret, de que em seu primeiro governo encaminhou um projeto sobre o tema à Câmara de Vereadores, que não o votou.  O candidato se dispôs a voltar analisar a questão.

Eduardo Paes insistiu que seu papel será o de ampliar o diálogo com os diversos agentes que atuam com a TI, sejam as entidades privadas ou atores públicos das diferentes instâncias. Destacou que sua experiência recente como executivo da iniciativa privada, pode perceber melhor os entraves das relações com os governos. 

Numa analogia com o setor, Paes disse que seu governo será menos hardware e mais software, de forma que pretende aproveitar a estrutura que teria deixado pronta em suas passagens anteriores pela Prefeitura e criticou a atual gestão. O ex-prefeito classificou o governo de Marcelo Crivela como uma “tragédia de gestão” e percepção sobre o que é a cidade. Paes afirmou que é possível em pouco tempo “botar a cidade para funcionar”.

Para o candidato, é preciso ter clareza sobre os setores prioritários na cidade e, feito isso, estabelecer metas de competitividade.  Segundo afirmou, a TI se inclui, junto com os tradicionais petróleo e gás e turismo, por exemplo, nesse grupo. Paes ressaltou que a cada uma das reuniões que participou com o TI Rio, o protagonismo do setor aumenta. 

No detalhamento dos três projetos chaves, disse que pretende oferecer qualificação profissional para cem mil pessoas das áreas de cultura e turismo e contará com as empresas de TI local para fornecimento de softwares de capacitação. Sobre as incubadoras e aceleradoras, pretende recuperar espaços como o campus da Universidade Gama Filho na Piedade e o Porto Maravilha, com atuação em setores que considera estratégico, como energia, saúde e logística. E para a questão de tornar a cidade uma referência em soluções inovadoras, apontou como exemplo o Centro de Operações criado em sua gestão.

Benito Paret destacou a necessidade do diálogo com o setor e criticou o estágio atual, pois “não há diálogo em esfera alguma, seja com o município, o estado ou o governo federal. É uma situação triste e de desalento para o setor empresarial.” Outro tema abordado por Benito foi a necessidade de apoio às empresa maduras do setor de TI. “Vejo falar muito nas startups, que são importantes e devem ser apoiadas. No entanto, as empresas existentes são as que hoje sustentam o setor, geram empregos sólidos e garantem a arrecadação tributária. Essa não podem ser esquecidas.”

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