Por Nathalia Macêdo – em 07/04/2014
Nesta segunda-feira, dia 7, foi divulgada, oficialmente, a reeleição de Henrique Faulhaber Barbosa como conselheiro titular do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.BR), representando o setor da indústria de bens de informática, telecomunicações e software. Nesse mesmo segmento, o diretor da RIOSOFT, John Lemos Forman, foi eleito o conselheiro suplente. Em seu terceiro mandato, Henrique promete se dedicar a questões ligadas ao protagonismo das empresas de TIC nacionais na governança da Internet, IPV6 e a segurança de rede.
Classificada como uma entidade pluralista (que reconhece as diferentes posições, opiniões ou pensamentos), o CGI.BR coordena e integra o uso e desenvolvimento na Internet no Brasil. Seu processo eleitoral teve início no ano passado e se concretizou com a escolha de 11 conselheiros de fora do governo para o triênio 2014-2016, que representarão a sociedade civil nos seguintes ramos: empresarial; terceiro setor; comunidade científica e tecnológica; provedores de acesso e de conteúdo da Internet; e indústria de bens de informática, telecomunicações e software. Todos os candidatos foram eleitos pelo colégio eleitoral formado por instituições de cada setor.
Além de dar continuidade ao cargo no CGI.BR, Henrique também é do conselho consultivo da RIOSOFT, integra a diretoria do TI Rio e é sócio-fundador da Calandra Soluções, empresa que oferece serviços de software e consultoria a pessoas jurídicas. Há mais de 20 anos atuando no segmento de Tecnologia da Informação, o conselheiro do CGI.BR diz que vai priorizar certos pontos durante o seu mandato.
“Acho importantíssimo fomentar o engajamento das empresas nas oportunidades geradas pela adoção do IPV6, que é a versão mais atual do protocolo da Internet. Com ele há a possibilidade de desenvolver aplicativos realmente interativos com melhores capacidade de geolocalização e segurança. Outras duas questões que pretendo trabalhar são a reestruturação da Governança da Internet e continuar melhorando a segurança de rede, para que empresas e usuários tenham uma rede com menos riscos e mais estável”, esclarece.
O conselheiro também falou sobre o que precisa ser melhorado nas atuais políticas públicas pata o setor da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). “A certificação dos softwares nacionais, a Certics, está começando a ser implementada agora, mas precisa ser mais explorada para alavancar as empresas TI do país através das preferencias nas compras pública. Falando em empresas de TI nacionais, aquelas que oferecem serviços como desenvolvimento de softwares ou aplicativos devem pensar em ir muito além do Brasil. Temos inúmeras empresas com potencial que possuem poucos clientes internacionais. Tem que haver mais ações de internacionalização”, afirma.
Henrique ainda avalia ser necessário investir na qualificação e capacitação da mão de obra. “Tenho uma expectativa muito grande que possamos melhorar a capacitação e qualificação dos jovens para que no futuro eles possam seguir na carreira de TI com uma visão mais abrangente do que o mercado de trabalho espera deles”, defende.
Sobre a aprovação do Marco Civil da Internet, um dos assuntos mais discutidos atualmente, Henrique conta que comemorou muito. “Foi uma notícia muito boa não só para mim, mas para todo o CGI.BR, afinal, com a aprovação do Marco Civil da Internet ficou definido que a Presidência da República deverá consultar o CGI.BR e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) antes de decretar o trecho da lei sobre a neutralidade da rede e suas exceções. Isso, sem dúvida é histórico para o CGI.BR”, conclui.