A CrowdStrike, empresa responsável pela atualização de software que gerou o apagão cibernético global, relatou que muitos dos computadores afetados voltaram a funcionar e que a companhia está trabalhando em técnicas que possam agilizar o processo. No entanto, acredita-se que levará semanas para que os 8,5 milhões de computadores atingidos pela falha voltem à normalidade.
Mesmo que a empresa já tenha corrigido a falha do software, cada máquina deve ser reiniciada em um modo de segurança que possibilita o acesso ao sistema de comando e a exclusão da atualização que apresenta falha. Como o travamento de software impede que o computador se conecte à rede, todo esse processo é realizado individualmente. A Microsoft, responsável pelo sistema operacional Windows, principal afetado pela falha, estima que alguns aparelhos possam precisar de até 15 reinicializações para voltar a operar normalmente, o que pode levar dias.
Solução – A Microsoft, lançou uma ferramenta oficial para resolver o problema. O software gratuito pode ser instalado usando um pendrive, permitindo que os usuários restaurem o Windows para antes do “bug”, removendo o arquivo da CrowdStrike.
Prejuízo e dor de cabeça – Muito embora ainda seja cedo para ter uma estimativa, acredita-se que prejuízo das interrupções globais generalizadas possa facilmente ultrapassar US$ 1 bilhão. Além disso, um comitê da Câmara dos EUA convocou o CEO da CrowdStrike Holdings, George Kurtz para depor sobre o episódio.
Impactos no Brasil – Operações de check-in de algumas companhias aéreas foram impactadas, causando atrasos pontuais em voos, mas sem afetar a operação de pousos e decolagens e o controle de tráfego aéreo do país. Com relação ao sistema financeiro, a maior parte das instituições afetadas pela pane já normalizou seus serviços, afirmou a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Segundo a entidade, alguns sistemas de bancos brasileiros foram atingidos em diferentes escalas, “mas nada que comprometesse a prestação de serviços de forma relevante”.