
De acordo com artigo publicado na TI Inside, país avança em soluções digitais, cibersegurança e inteligência artificial, inspirando vizinhos e chamando atenção no cenário global.
Durante muito tempo intitulado “o país do futuro”, o Brasil finalmente começa a justificar esse título quando o assunto é inovação. Segundo artigo publicado na TI Inside, o país tem se destacado por desenvolver soluções tecnológicas de ponta, consolidando-se como referência regional e ganhando notoriedade internacional.
Um dos exemplos mais emblemáticos desse avanço é o Pix, sistema de pagamentos instantâneos brasileiro que se tornou modelo para outras nações da América Latina. Desenvolvido pelo Banco Central em parceria com instituições financeiras públicas e privadas, o Pix já superou o dinheiro em espécie como principal meio de pagamento no Brasil e movimentou cerca de R$ 26 trilhões em 2024.
Outro setor em que o Brasil desponta é o da cibersegurança. Dados da consultoria Mordor Intelligence indicam que o país lidera a receita do mercado na América Latina, com projeções de crescimento anual em torno de 10%, podendo atingir um faturamento de US$ 4,85 bilhões até 2027. O investimento no setor se mostra ainda mais crucial diante do cenário de ameaças digitais: o Brasil é o segundo país mais atacado do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Apesar disso, o esforço para enfrentar esses desafios foi reconhecido no 5º Índice Global de Cibersegurança (GCI), que posicionou o Brasil entre os países modelo em segurança digital.
A inovação também se manifesta em áreas menos visadas, como a observabilidade – que é a capacidade de entender sistemas complexos em tempo real. Empresas brasileiras saíram na frente ao identificar as demandas do mercado local e desenvolver soluções específicas, que agora começam a ser exportadas para vizinhos onde o conceito ainda é incipiente.
Esse protagonismo se deve, em grande parte, ao esforço das empresas em capacitação contínua, bem como na curadoria de tendências globais oriundas de mercados maduros, como o americano e o chinês. Essa capacidade de adaptar tecnologias disruptivas à realidade brasileira tem colocado o país em posição de destaque.
O impulso pela inovação também está refletido na sociedade. De acordo com a 45ª edição do relatório “Data Stories – Tecnologia + Humanidade”, da Kantar Ibope Media, 88% dos brasileiros afirmam gostar de tecnologias que facilitam a vida, índice acima da média global e latino-americana.
No panorama regional, o Brasil lidera o Índice Global de Inovação (IGI) 2024, divulgado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), seguido por Chile, México, Uruguai, Colômbia e Argentina. A Costa Rica e o Peru completam o ranking das oito nações mais inovadoras da América Latina e Caribe.
A pujança tecnológica brasileira também tem respaldo no campo acadêmico. Um estudo do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), ligado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, revelou que o Brasil abriga 144 unidades de pesquisa dedicadas à inteligência artificial, consolidando-se como um dos principais polos da área na região.
A soma desses esforços – públicos e privados, técnicos e humanos – projeta o Brasil como protagonista do presente e inspiração para o futuro. Afinal, o país do futuro não é mais uma promessa. É uma realidade em construção.
Texto: Redação TI Rio