A partir do dia 22 de junho, os bancos começam a cadastrar as pessoas e as empresas interessadas em substituir os boletos pela cobrança eletrônica. Esses clientes serão os primeiros a utilizar o Débito Direto Autorizado (DDA), que teve a sua ativação confirmada para o dia 19 de outubro. “Diferente do débito automático, no DDA (como o próprio nome diz) é necessária uma autorização do cliente para efetivar a transação”, esclareceu, em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira, 18/06, no CIAB 2009, Leonardo Ribeiro, do grupo de trabalho da Federação de Bancos do Brasil, Febraban, que está à frente da iniciativa, lançada no ano passado, durante o evento de Tecnologia Bancária.Para aderir ao DDA, o cliente, pessoa fisica ou jurídica, deve se cadastrar como “sacado eletrônico” e assinar um termo de uso dispensando o envio das faturas em papel. Do lado das instituições financeiras, devem informar à CIP (Câmara Interbancária de Pagamentos, responsável pela conciliação) sobre sua carteira de cobrança. Portanto, quando o credor gera um boleto de cobrança para um CPF ou CNPJ cadastrado como sacado eletrônico, não é mais necessário imprimir e postar um boleto, pois a cobrança aparece ao pagador quando ele acessa o banco no caixa eletrônico ou pela Internet.”Com o DDA, o cliente tem a conveniência de não ter que digitar ou passar o código de barras pela leitora, além de reduzir o risco de peder o boleto ou simlesmente esquecer de pagar”, diz Ribeiro. “Para as empresas, há economia de custos logísticos (imprimir e postar os boletos) e o ciclo de cobrança é reduzido de 8 a no máximo dois dias”, acrescenta.No ano passado, foram emitidos cerca de 2 bilhões de boletos de cobrança bancária. As entidades que representam as instituições financeiras projetam uma adesão de 50% nos próximos 3 anos, o que, com o crescimento de volume, daria cerca de 1,2 milhão de boletos. O superintendente da CIP, Joaquim Kavakawa, admite que a viabilidade do sistema DDA ocorre porque houve uma padronização dos boletos bancários. Um trabalho demorado, uma vez que foi iniciado em 1994, a partir de uma resolução tomada na Comissão Nacional de Automação Bancária. Kavakawa, porém, lembra que ainda há muito trabalho por fazer nesta área. “Cada órgão, Estado e município tem seu próprio formato de fatura, o que praticamente inviabiliza a integração”.O Débito Direto Autorizado, além de ser um megaprojeto de integração, também é uma maneira de ampliar a rentabilidade para o sistema financeiro. De acordo com dados divulgados pela Febraban, atualmente apenas 40% das cobranças são feitas por meio dos bancos. Grande parte dos credores simplesmente gera os boletos e envia ao sacado, sem registrar a cobrança no banco. O projeto DDA resulta de uma parceria entre a Febraban, ABBC (Associação Brasileira dos Bancos Comerciais), ABBI (Associação Brasileira dos Bancos Internacionais), Asbace (Associação Nacional de Bancos). A conciliação é feita pela CIP.Site: Convergência DigitalData: ——Hora: ——Seção: CIAB 2009 serviços bancários Autor: ——Link: http://www.convergenciadigital.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=19241&sid=88