Amazon aumenta investimentos na corrida da IA

A Amazon está expandindo sua atuação no setor de inteligência artificial com o lançamento de novos chips e um modelo de linguagem que pode competir com os líderes de mercado. A empresa está conectando centenas de milhares de semicondutores Trainium2 em clusters para otimizar o treinamento de modelos de linguagem ampla, usados na IA generativa e em aprendizado de máquina. A nova infraestrutura deve aumentar em cinco vezes a capacidade de processamento da startup parceira Anthropic.

Na conferência anual re:Invent, a divisão de serviços em nuvem da Amazon, a AWS, começou a disponibilizar os novos chips para seus clientes. Andy Jassy, CEO da Amazon, apresentou os novos modelos Nova, que geram texto, imagens e vídeos, em um esforço para competir com empresas como a OpenAI.

A AWS, principal fornecedora de computação em nuvem, opera servidores usados por outras empresas para treinar aplicações de IA e oferece modelos de terceiros, como Claude e Llama. Até agora, a Amazon não desenvolveu um modelo de linguagem ampla que rivalize com os modelos GPT da OpenAI.

Os modelos anteriores da Amazon, chamados Titan, eram mais limitados. Os novos modelos Nova, alguns já disponíveis e outros previstos para o próximo ano, incluem uma versão “multimodal para multimodal”, capaz de processar texto, fala, imagens e vídeo.

Jassy afirmou que a Amazon continuará desenvolvendo seus próprios modelos e oferecendo soluções de terceiros. No mês passado, a Amazon anunciou um investimento de US$ 4 bilhões na Anthropic, que usará a infraestrutura e chips da Amazon para desenvolver seus modelos.

O novo cluster de chips, Project Rainier, terá mais de 100 mil unidades, segundo Gadi Hutt, executivo da Annapurna Labs, divisão de chips da Amazon. A empresa espera que esse cluster se torne o maior dedicado à IA no mundo.

Com a terceira geração de semicondutores de IA, a Amazon busca competir com a Nvidia, oferecendo aos clientes da AWS uma alternativa para produtos de IA generativa. A Amazon também planeja oferecer poder computacional baseado no novo chip Blackwell da Nvidia no próximo ano.

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