De acordo com uma matéria publicada no portal Seu Dinheiro, Howard Marks, cofundador da Oaktree Capital, está alertando para a formação de uma nova bolha no mercado de ações, desta vez envolvendo empresas de tecnologia ligadas à inteligência artificial (IA). Marks, conhecido por prever o estouro da bolha pontocom nos anos 2000, vê sinais de “exuberância irracional” entre investidores, semelhante ao que ocorreu há 25 anos.
O entusiasmo em torno da IA tem impulsionado o valor de mercado de gigantes tecnológicas. A Apple, por exemplo, está prestes a alcançar US$ 4 trilhões, enquanto as ações da Nvidia, uma das favoritas no setor de IA, subiram mais de 100% no último ano. As “Magnificent Seven” — Apple, Microsoft, Alphabet, Amazon, Nvidia, Meta e Tesla — estão no centro deste frenesi, levantando a questão: estamos diante de uma nova bolha?
Marks identifica semelhanças entre o cenário atual e bolhas passadas, como a das ações de tecnologia dos anos 1990. Ele destaca a psicologia dos investidores como um fator crítico, apontando para a “exuberância irracional”, a adoração cega às big techs e o medo de ficar de fora (“FOMO“) como sinais de alerta.
O cofundador da Oaktree observa que a falta de histórico das novas tecnologias, como a IA, pode levar investidores a ignorar riscos. Sem dados anteriores para comparação, muitos são impulsionados pelo otimismo, sem considerar as incertezas. Marks também expressa preocupação com a desconexão entre o preço das ações e o valor real das empresas, um fenômeno que pode levar a correções severas, como visto com as “Nifty Fifty” nos anos 1960.
Apesar das preocupações, Marks apresenta contrapontos, sugerindo que uma bolha pode não estar em formação. Ele observa que, embora o índice P/L do S&P 500 esteja elevado, não atinge os níveis extremos de bolhas anteriores. As “Sete Magníficas” possuem vantagens tecnológicas e margens de lucro que justificam seus altos índices P/L.
Marks conclui que, embora não possa afirmar com certeza se estamos em uma bolha, é essencial considerar os fatos e refletir sobre eles, como fez há 25 anos.
Curadoria e texto: Redação TIRio