Referenciado como um dos pontos inalienáveis e indissolúveis da Legislação Brasileira, o direito a acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida visa reiterar o fortalecimento das condições necessárias para que todo ser humano possa ocupar espaços efetivos de participação na sociedade. O cumprimento deste preceito incide prontamente na mais básica valorização do cidadão, que deve ter a oportunidade de interagir e expressar suas habilidades junto a todos os corpos sociais.
De acordo com relatório da ONU, entretanto, as leis brasileiras, as mais ricas da América do Sul neste âmbito, não condizem com a realidade de nossa sociedade, que ainda anseia por ajustes espaciais, mas, principalmente, por adaptações na mentalidade em relação ao trato e à adesão aos portadores de deficiência. Em relação à última questão referida, a nota positiva fica por conta do crescimento no número de empresas que não fogem às suas responsabilidades neste processo coletivo e têm revelado esforços para reverter este quadro. Caso, por exemplo, da filiada TOTVS que possui um projeto de admissão de pessoas com deficiência especial. É o que nos conta o diretor da unidade Rio, Cláudio Alves.
“A TOTVS Rio de Janeiro realiza processo seletivo para PCDs (pessoas com deficiência) buscando currículos em sites, além de contarmos com o apoio de uma consultoria parceira que nos auxilia nesta busca. Atualmente, nós só temos funcionários com deficiência física, mas não existe restrição para contratação de deficientes intelectuais. A nossa visão não é apenas de cumprimento da cota, mas sim de inserir este público no mercado de trabalho”.
Como estabelecido na regulamentação nacional toda empresa com mais de 100 funcionários deve destinar de 2% a 5% dos seus cargos a pessoas com deficiência, norma que ainda não é atendida por todas as organizações presentes no país. As instituições que se adequaram à exigência, porém, garantem terem obtido respostas satisfatórias e negam qualquer estremecimento no ambiente de trabalho provocado pela inclusão.
“Nunca tivemos problemas com a aceitação e adaptação das pessoas com deficiência e nossos demais funcionários. Eles participam de todas as atividades, e o clima de colaboração é igual para todos” complementou Cláudio Alves.
Colocado cada vez mais no centro de debates, o exemplo dado pela TOTVS de comprometimento de empresa privada com a causa da acessibilidade pode representar um mecanismo eficaz no árduo processo de inclusão de cerca de 45,6 milhões de brasileiros portadores de deficiência. Uma importante Iniciativa que, certamente, significaria um passo gigantesco para o pleno desenvolvimento social do Brasil.
Texto: Diego Neves