Apesar de contar com alguns dos melhores talentos de engenharia do mundo, uma das maiores bases de dados da internet e um orçamento de US$ 45 bilhões por ano em pesquisa e desenvolvimento, o Google ficou para trás na corrida da inteligência artificial por um tempo. Após o lançamento frustrado do modelo Gemini, a empresa fez uma pausa, refletiu sobre o caminho e assistiu à revolução tecnológica acontecer ao seu redor.
Durante esse período, o Google viu a OpenAI dominar o mercado B2C com o ChatGPT, a Perplexity superar o Google nas buscas online, a Anthropic avançar nos limites da segurança e a Meta com o Llama tomando a frente do movimento open-source. Enquanto isso, o Google se recolhia, mas não permanecia inerte por muito tempo.
Nos últimos três meses, a empresa voltou à cena com força. A cada lançamento, o Google tem relembrado ao mundo sua capacidade de inovar. Um exemplo disso é o NotebookLM, uma ferramenta gratuita que transforma livros extensos em podcasts de 5 minutos e ainda responde perguntas sobre o conteúdo. Além disso, os novos agentes de IA — como o Jarvis, que controla seu computador, o Mariner, que navega autonomamente na web, e o Astra, que interage com o mundo real através de smartphones ou óculos especiais — demonstram o potencial da empresa em criar soluções cada vez mais sofisticadas. O Veo2, um modelo de texto-para-vídeo, está superando concorrentes em qualidade e aderência às instruções, enquanto o Willow, supercomputador quântico, mostrou uma capacidade impressionante ao resolver em 5 minutos um cálculo que um computador tradicional levaria 10 septilhões de anos. Também se destaca o GenCast, um modelo de previsão do tempo com uma precisão de 97,2%, chegando a 99,8% em previsões acima de 36 horas.
O Gemini, após uma trajetória cheia de desafios, já conquistou 50% de participação de mercado entre desenvolvedores. O Google provou, mais uma vez, que sua estrutura corporativa, com cerca de 180.000 funcionários, não impede a inovação.
Agora, o Google está diante de uma grande pergunta: mesmo com tanta competição e uma oferta diversificada de produtos, conseguirá manter sua liderança no setor de inteligência artificial ou perderá o foco e suas fortalezas? As ações da Alphabet já subiram 14% no ano, mas a batalha pela inovação ainda está longe de terminar. Para os empresários de TI do Rio de Janeiro, essas movimentações são um alerta para as oportunidades e os desafios que estão por vir, já que as inovações dessas empresas têm o potencial de moldar o futuro do setor.
Texto: Redação TI Rio