A Alterdata Software é uma das 100 maiores empresas de informática do Brasil, segundo o Anuário Informática Hoje

Mesmo antes de a crise se tornar mais aguda, a Alterdata começou a se reinventar, criar novos produtos e serviços, retreinar a equipe comercial, modificar a metodologia de atendimento no suporte e abrir outras unidades de negócio. Em 2015, essa estratégia foi posta em prática com bons resultados, garantindo à empresa o prêmio de Destaque pelo segundo ano consecutivo: teve um crescimento de 18,7% na receita líquida e obteve 17,3% de rentabilidade sobre as vendas. “Para estar viva no futuro, a empresa não deve ser focada apenas em software, mas precisa ter muita escala”, avalia Ladmir Carvalho, diretor executivo.

Duas aquisições levaram a empresa a novos mercados. A Alterdata comprou uma empresa que faz aplicativos para restaurantes e outra que desenvolve software para o segmento de moda. “Os frutos desses movimentos serão colhidos em 2016 e 2017”, diz Ladmir. O sistema para restaurantes, segundo ele, foi lançado em setembro de 2016 com previsão de vendas para 2017: “Esse segmento é muito denso, pois qualquer cidade do país tem muitos restaurantes. Vamos contribuir com a oferta de um tipo de produto e serviço que a maioria não consegue oferecer”.

A estratégia, afirma, é ganhar pouco de muitos clientes e não o contrário: “Isso quer dizer que sabemos oferecer produtos e serviços de alto nível, cobrando muito pouco, ganhando escala para conquistar mercado”.

A perspectiva de dificuldades econômicas ainda para o ano que vem, segundo ele, fez com que a empresa passasse a oferecer aos clientes, além do software, orientação em melhores práticas de gestão empresarial: “Estamos com um número muito alto de perdas de clientes por falência, o que não é nada bom. Isso tem feito a empresa crescer menos em quantidade de clientes do que está habituada, e por isso algumas ideias começaram a surgir para entender o que pode levar a cancelamentos de contratos no futuro”. Há maior dificuldade para fechar novos contratos e as negociações estão mais duras, o que torna ainda mais importante reter os atuais clientes. “Nossa estratégia foi identificar tudo o que nossos principais concorrentes estavam fazendo para nos certificar que estamos à frente tecnologicamente, com mais investimento em desenvolvimento”, explica.

A empresa criou um modelo matemático de análise para prever insatisfação de clientes. Um algoritmo capaz de transformar a subjetividade da satisfação em um indicador numérico quantitativo, de tal forma que é possível prever a infelicidade antes mesmo que o cliente avise que está insatisfeito. “Isso tem transformado a empresa, tem nos feito ser muito mais eficazes do que antes, pois com 30 mil clientes é muito difícil entender o que se passa em cada um e depender da percepção das pessoas, tanto dos funcionários das empresas como dos nossos colaboradores. Com um modelo matemático, tudo fica mais concreto e real”, garante Ladmir.

Nos últimos dois anos a empresa consolidou sistemas da área contábil, com forte presença na automação de escritórios nessa área. Ladmir também destaca o Bimer, ERP da companhia, aplicativo para empresas médias que queiram ter integração completa. O produto foi complementado com novos módulos, como o Wise PCP, para controle industrial, o Bimer Web, para ambiente 100% web, o FourKeep, para dispositivos móveis de automação de força de vendas, e a plataforma de e-commerce eZoop.

A empresa apostou também na automação do varejo investindo em soluções para franquias, filiais e redes de lojas, atendendo inclusive shopping centers. Apesar de ainda ser um movimento pouco significativo em termos de receita, a empresa está investindo pesado para passar todas as plataformas para a nuvem. “Acreditamos que dentro de pouco tempo não se venderá mais software, apenas contratos de serviços, e é isso que estamos praticando em muitos de nossos aplicativos”, afirma Ladmir.

Um dos maiores investimentos da empresa nos últimos dois anos foi na UCA – Universidade Corporativa Alterdata, uma estrutura de treinamento que mudou sua cultura interna. Ele conta que um prédio de 2 mil metros quadrados foi completamente reformulado para abrigar 22 colaboradores responsáveis por capacitar os outros 1,1 mil que atuam nos mais diversos setores da empresa: “Construímos um estúdio de TV para gravar nossos próprios vídeos de treinamento e fazer o EAD (Ensino à Distância) para as nossas bases distribuídas no Brasil, apostando que nosso diferencial está na qualidade das pessoas”.

Outro destaque foi a capacitação de parte da equipe de desenvolvimento para construção de software para celulares.

 

Fonte: Revista Informática Hoje
Link: https://www.ti.rio/wp-content/uploads/2024/10/AnuarioInformaticaHoje2016-3.pdf

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